O mercado imobiliário da cidade de São Paulo demonstrou um desempenho notável no mês de maio, com um crescimento significativo tanto no volume de vendas quanto nas locações de imóveis usados. Os dados são provenientes de um levantamento realizado pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP), que consultou 374 imobiliárias na Capital.
As vendas de imóveis usados registraram um salto de 38,39% em maio, quando comparadas com o mês de abril, acumulando um crescimento expressivo de 53,53% no acumulado do ano. O financiamento imobiliário continua a ser o principal motor dessas transações, representando 64,4% dos negócios, com destaque para as operações realizadas através da Caixa Econômica Federal (36,8%) e de outros bancos (27,6%).
O levantamento do CRECISP aponta que os apartamentos foram os mais procurados, correspondendo a 82% das vendas, com preferência por unidades de até 50 m² e com dois dormitórios. As casas representaram 18% das transações, com maior interesse por imóveis com áreas entre 100 e 200 m².
A periferia da cidade se mantém como a região de maior preferência entre os compradores, concentrando 47,6% das vendas, o que reflete a busca por imóveis com melhor relação custo-benefício. Aproximadamente 30,9% dos imóveis vendidos tiveram valores superiores a R$ 500 mil, evidenciando a solidez do segmento de médio padrão.
No mercado de locação, o cenário também é positivo, com um aumento de 10,76% em maio, elevando a alta acumulada no ano para 84,56%. As locações se dividiram entre 54% de apartamentos e 46% de casas, com predominância de imóveis de dois dormitórios e áreas úteis de até 50 m² para apartamentos, e entre 50 e 100 m² para casas. A faixa de aluguel mais procurada se situou entre R$ 1.500 e R$ 2.000, e o seguro fiança se consolidou como a principal garantia locatícia, sendo utilizado em 34,3% dos contratos, seguido pelo depósito caução (29,6%) e pelo fiador tradicional (16,3%).
O levantamento do CRECISP também revelou uma dinâmica interessante no perfil dos inquilinos: 39,2% dos que devolveram seus imóveis buscaram opções de aluguel mais acessíveis, enquanto 19,9% migraram para imóveis com aluguel mais elevado, indicando um mercado em constante movimento em diferentes faixas de renda.
O bom desempenho do mercado imobiliário da Capital paulista é impulsionado, em parte, pelos significativos investimentos que a cidade tem atraído. Segundo informações da imprensa, São Paulo tem recebido aportes robustos em projetos de revitalização urbana, melhorias na mobilidade, expansão de polos comerciais e desenvolvimento habitacional, com foco tanto nas regiões centrais quanto nas periféricas.
Programas municipais direcionados à habitação de interesse social e aprimoramentos na infraestrutura urbana, como a expansão de linhas de metrô e corredores de ônibus, têm contribuído para a valorização de diversas áreas e, consequentemente, para o aquecimento do setor imobiliário. O presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, enfatizou que “o cenário demonstra a força e a resiliência do mercado imobiliário da Capital, que segue aquecido, acompanhando o desenvolvimento da cidade e oferecendo oportunidades tanto para quem busca comprar quanto para quem procura alugar”.