A B3 , bolsa de valores brasileira, registrou um aumento no volume financeiro médio negociado em seu segmento de ações durante o mês de outubro de 2025.
O valor alcançou R$ 23,111 bilhões, representando um crescimento de 3,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior, em 2024. Na análise mensal, o crescimento foi mais modesto, com um avanço de 0,8% em relação ao volume registrado em setembro de 2025.
O segmento de futuros — que engloba contratos de juros, moedas e mercadorias — também apresentou um desempenho positivo. O volume médio diário negociado nesse segmento subiu 8,1% na comparação anual, chegando a R$ 10,824 bilhões.
O crescimento de 3,6% no Volume Médio Diário é considerado sólido, refletindo o interesse sustentado (embora não explosivo) pelo mercado de capitais doméstico. Esse aumento na atividade gera receita de negociação (corretagem e taxas de acesso) e receita de pós-negociação (liquidação e custódia). O avanço na base de investidores sugere que a B3 continua a se beneficiar da democratização do acesso a investimentos, efeito que se prolonga desde o período de juros baixos e que se mantém mesmo com a taxa Selic mais elevada.
O aumento de 8,1% no VMD de futuros é o maior crescimento percentual entre os principais volumes da bolsa. Isso é um forte indicativo de que o mercado está utilizando mais os instrumentos de derivativos para se proteger contra a volatilidade (especialmente em juros e câmbio) e para operar expectativas. A forte negociação de contratos de juros DI (derivativos de taxa Selic) geralmente aumenta em momentos de incerteza sobre a política monetária futura.
Apesar do aumento no volume, a queda na Receita Média por Contrato (RPC) em 4,4% sugere que a B3 pode estar negociando take-rates menores com grandes clientes institucionais ou que a composição dos contratos negociados migrou para produtos com margens menores. No entanto, o aumento no volume compensa amplamente a queda na RPC, resultando em crescimento da receita total do segmento.
Contudo, a receita média por contrato no segmento de futuros registrou uma queda, situando-se em R$ 1,180, o que representa uma baixa anual de 4,4%.
O mercado de renda fixa por sua vez demonstrou expansão. As novas emissões cresceram 5,1% na comparação anual, totalizando R$ 1,881 trilhão. O estoque de renda fixa na B3 expandiu-se ainda mais significativamente, com alta de 14,8%, atingindo o montante de R$ 8,699 trilhões.
O número de investidores pessoa física ativos na bolsa manteve sua trajetória de alta. Em outubro de 2025, o total de investidores atingiu 5,399 milhões, uma variação positiva de 3,2% em relação ao ano anterior.









