O primeiro encontro entre os chefes de estado do G20 foi encerrado nesta quinta-feira (22). A reunião foi realizada no Rio de Janeiro e contou com a presença de importantes representantes do grupo. Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores brasileiro, discursou no fechamento da cúpula marcada por debates a respeito dos conflitos ativos no mundo.
Serguei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, foi uma das figuras mais comentadas da cúpula. O chefe de estado declarou que os países ocidentais não querem dialogar a respeito do conflito entre o país e a Ucrânia – inclusive, criticou a posição de Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, que afirmou após reunião com o presidente Lula que não enxergava condições de uma possível negociação sobre a situação.
“Vocês ouviram o que dizemos e confirmamos nossas palavras com os atos em Istambul há dois anos, e o que nossos colegas dizem, deixe-os explicar por que categoricamente não querem nenhum diálogo sério sobre os problemas reais que eles próprios criaram na Ucrânia“, disse Lavrov, que também afirmou que a Rússia é “abertamente declarada um estado hostil, uma ameaça imediata que deve ser destruída e estrategicamente derrotada”.
Inclusive, Lavrov também declarou que não crê que no G20 seriam encontradas “soluções para os desafios e ameaças à segurança global”. Todos os outros representantes fizeram comentários a respeito da situação – foi possível ver, com ainda mais clareza, as tensões diplomáticas que cercam o mundo, cenário que preocupa analistas.
O Brasil preside o grupo até o dia 30 de novembro deste ano, portanto, as pautas são decididas pelo país. São elas: combate à fome, à pobreza e às desigualdades; Transição energética e enfrentamento às mudanças climáticas e reformas das instituições multilaterais. O próximo encontro será no dia 18 e 19 de novembro, novamente no Rio.