As ações das fabricantes de medicamentos para perda de peso Novo Nordisk e Eli Lilly registraram alta nesta terça-feira após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, propor uma expansão da cobertura de medicamentos antiobesidade nos planos do presidente de saúde pública.
A proposta prevê que milhões de americanos que dependem do Medicare e Medicaid tenham suas despesas com esses medicamentos reduzidos, podendo chegar a até 95%. Além disso, a valorização das ações foi impulsionada pela notícia de que um possível medicamento concorrente não atendeu às expectativas em um teste clínico recente.
“Este é um passo importante para os pacientes”, afirmou a Novo Nordisk em um comunicado sobre a proposta de expansão da cobertura de medicamentos antiobesidade, ressaltando que a medida pode entrar em vigor em 2026.
Alexander Jenke, gerente de portfólio da Medical Strategy em Munique, que administra 1,2 bilhão de euros (cerca de US$ 1,3 bilhão), destacou que os resultados positivos de testes anteriores sobre os benefícios cardiovasculares da injeção semanal Wegovy, da Novo Nordisk, ajudou a contribuir para a mudança nas políticas de saúde pública.
“É um passo lógico após uma série de resultados de testes que mostraram um efeito positivo em comorbidades além da perda de peso. Mas ainda há alguma incerteza sobre como a próxima administração lidará com isso”, disse Jenke.
Atualmente, os programas de seguro de saúde Medicare e Medicaid cobrem o uso de medicamentos como Mounjaro, da Eli Lilly, e Ozempic e Wegovy, da Novo Nordisk, para o tratamento de condições como diabetes. No entanto, esses medicamentos não são cobertos quando a obesidade é considerada uma condição principal, sem a presença de outras doenças associadas. A proposta de expansão da cobertura visa incluir a obesidade como uma condição elegível para tratamento, o que poderia reduzir significativamente os custos para os pacientes.