Adiamento da NR-1 não é folga para as empresas

Imagem: freepik

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) deve anunciar o adiamento da vigência da atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que estabelece diretrizes para a gestão de riscos psicossociais no ambiente de trabalho. Desde a semana passadas, reuniões com entidades de classe e sindicatos já indicavam esse caminho.

De acordo com Patricia Barboza, sócia-fundadora e head da área trabalhista do CGM Advogados, o adiamento dá mais tempo para as empresas se adaptarem, mas não reduz a urgência do tema.

“O adiamento, caso se confirme, é positivo. Mas vale reforçar que o novo cronograma não muda a natureza do desafio: ambientes de trabalho precisam ser mentalmente seguros, e isso exige mais do que boas intenções. Do ponto de vista estratégico, as empresas que tratarem o novo prazo como ‘folga’ perderão tempo. É hora de sair da lógica do mero cumprimento das normas para entrar na lógica da transformação”, afirma.

O adiamento serve para o governo publicar as diretrizes detalhadas de aplicação e fiscalização da NR-1 no que diz respeito a avaliação e gestão de riscos psicossociais, que incluem estresse crônico, assédio e burnout.

“Por enquanto, cada empresa está fazendo do seu jeito – mas já temos orientado os clientes sobre as melhores práticas que devem vir por aí. Uma dica de ouro que costumamos dar é: tem que treinar a gestão. O trabalho do gestor, mais do que cobrar metas, de ser babá de adulto, é inspirar as pessoas. É ser o ponto de apoio e a alavanca para as pessoas serem a melhor versão delas no ambiente de trabalho. “, destaca Patricia.

Sair da versão mobile