Afastamentos por saúde mental disparam no Brasil e reforçam alerta

Canva/Burnout

O Brasil tem registrado um crescimento expressivo nos afastamentos do trabalho por motivos relacionados à saúde mental. Estresse, ansiedade e depressão estão entre os principais fatores que levam milhares de profissionais a precisarem se afastar de suas atividades.

Em 2024, o Brasil registrou um total de 472.328 afastamentos do trabalho devido a transtornos mentais, o que representa um aumento de 68% em relação ao ano anterior, segundo dados oficiais dos Serviços e Informações do Brasil. Entre os principais transtornos que motivaram esses afastamentos estão a ansiedade, a depressão e a síndrome de burnout, evidenciando a crescente importância da atenção à saúde mental no ambiente de trabalho e a necessidade de políticas preventivas e de suporte aos trabalhadores.

Segundo o psiquiatra Dr. Raphael Quadros de Abreu (CRM 159988/SP | RQE 63935), a realidade é resultado de uma soma de condições. “A sobrecarga de trabalho, a pressão por resultados muitas vezes inalcançáveis, as condições laborais precárias, o assédio moral e a falta de políticas adequadas de acolhimento em saúde mental nas empresas são fatores que contribuem diretamente para esse cenário”, afirma.

O período da pandemia também intensificou o quadro. “O isolamento social e a insegurança econômica vieram somar-se às dificuldades já existentes e às condições de mercado, potencializando os problemas emocionais”, explica o médico.

Entre os sinais de alerta que indicam a necessidade de buscar ajuda estão irritabilidade, desânimo, isolamento social, alterações no sono e no apetite, dores frequentes, fadiga e perda de interesse em atividades cotidianas. “A exaustão emocional profunda, associada à Síndrome de Burnout, é um exemplo claro de que o corpo dá sinais antes do colapso. Reconhecer esses sintomas e procurar ajuda profissional é fundamental para evitar o agravamento”, pontua Dr. Raphael.

A cultura de produtividade excessiva também desempenha um papel central nesse processo. “Quando a produtividade é medida apenas por números, sem considerar o bem-estar e o engajamento dos funcionários, o resultado é o aumento do estresse crônico, burnout e absenteísmo. É preciso estabelecer limites claros entre trabalho e vida pessoal e adotar medidas que promovam pausas e saúde mental”, reforça.

Com a expansão da tecnologia, a consulta online com psiquiatras se tornou uma ferramenta importante para ampliar o acesso à saúde mental. “O atendimento online permite intervenção precoce, garante continuidade no acompanhamento, reduz barreiras geográficas e oferece um ambiente mais confortável para o paciente”, destaca.

Além da busca por apoio médico, práticas simples de autocuidado também ajudam a reduzir o risco de adoecimento. Alimentação equilibrada, exercícios físicos, meditação, pausas regulares no trabalho, hobbies e uma boa rede de apoio estão entre os hábitos recomendados.

Para facilitar esse acesso, a PicDoc oferece consulta online imediata e sem agendamento, conectando pacientes a médicos de diversas especialidades, incluindo psiquiatria. A iniciativa contribui para que mais pessoas tenham atendimento ágil, no conforto de casa, e possam cuidar da saúde mental de forma preventiva. O paciente acessa a plataforma, escolhe a especialidade e, em poucos minutos, é atendido por um médico, sem filas, sem burocracia e sem mensalidades abusivas.

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