A Amazon anunciou nesta terça-feira (28) que irá reduzir sua força de trabalho corporativa em cerca de 14 mil cargos. A medida faz parte de uma estratégia da gigante de tecnologia para cortar camadas operacionais e limitar custos, ao mesmo tempo em que aumenta seus investimentos em Inteligência Artificial (IA).
A reestruturação ocorre em um cenário de busca por eficiência após um período de grande expansão: a Amazon contava com cerca de 1,56 milhão de funcionários em tempo integral e parcial no final do ano passado, sendo aproximadamente 350 mil deles parte da força de trabalho corporativa.
O corte oficial de 14 mil vagas é inferior ao noticiado pela Reuters na segunda-feira (27), que falava em até 30 mil demissões corporativas. A reportagem indicava que a empresa buscava compensar o excesso de contratações realizado durante o pico da demanda na pandemia. Nos últimos meses, a Amazon já vinha promovendo cortes graduais em diversas divisões, como unidades de livros, dispositivos, serviços e até mesmo na divisão de podcast Wondery.
O presidente-executivo da Amazon, Andy Jassy, já havia sinalizado em junho que a crescente adoção de ferramentas de IA generativa reduziria o número total de funcionários corporativos da empresa nos próximos anos.
Companhias em todo o mundo estão utilizando a IA para tarefas como escrever códigos de software e automatizar funções rotineiras, visando economizar custos e diminuir a dependência de mão de obra humana.
A Amazon não especificou publicamente a distribuição exata dos cortes por região — ou seja, não se sabe quantos cargos serão eliminados nos EUA vs Europa vs Ásia. Também não foi confirmado quantos cortes ocorrem em cada unidade ou país — apenas que “corporate workforce” (força de trabalho corporativa) será afetada. Uma das menções regionais mais explícitas aponta para a região de Seattle, nos EUA, onde fica uma parte importante da sede corporativa da Amazon.









