A taxa de aprovação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sofreu nova queda e chegou a 39%, de acordo com um levantamento semanal realizado pela revista The Economist em parceria com o instituto YouGov. O índice de desaprovação acompanhou o movimento e subiu para 56%, consolidando uma semana de recuo após registrar 40% de aprovação e 54% de desaprovação no período anterior.
A pesquisa aponta que o segundo mandato de Trump está registrando novos recordes negativos em grupos específicos da população, sublinhando a polarização. Entre as mulheres, apenas 33% aprovam seu trabalho, contra 61% de desaprovação. O cenário é ainda mais crítico entre afro-americanos e negros, onde a aprovação é de apenas 10%, e entre a população hispânica, que registra 25% de aprovação e 71% de desaprovação.
Em meio ao shutdown (paralisação do governo), os americanos se mostram divididos sobre a responsabilidade pelo impasse. A maior parcela, 41%, atribui a culpa a Trump e aos republicanos, enquanto 30% responsabilizam os democratas e 23% culpam ambos os lados. A gestão presidencial do fechamento do governo também enfrenta forte resistência: 54% desaprovam a atuação do presidente, contra 33% que a aprovam.
Apesar da divisão, a maioria dos entrevistados demonstra preferir uma saída negociada. 63% defendem que o Congresso busque um acordo orçamentário, sinalizando cansaço com o impasse. Apenas 37% preferem que os legisladores mantenham suas prioridades, mesmo correndo o risco de novas paralisações.
A economia se destaca como o ponto de maior preocupação no cenário atual. 55% dos entrevistados avaliam que o shutdown tornará Trump menos confiável para lidar com a economia, em comparação com Joe Biden (24%).
Sobre o impacto da paralisação, 40% dos americanos afirmam que serão afetados “muito” ou “um pouco”. Além disso, a expectativa é de um longo impasse: 37% dos entrevistados projetam que o shutdown se estenderá por três semanas ou mais.