As 10 Teses Cripto do Mercado Bitcoin para 2024

Equipe de pesquisa do Mercado Bitcoin lança as 10 teses que darão o norte do ecossistema cripto no ano que vem.

Reprodução

A equipe de pesquisas do Mercado Bitcoin, maior plataforma de ativos digitais da América Latina, preparou as 10 teses que deverão guiar o mercado no ano que vem. Regulação, depuração do mercado depois do acordo da Binance com o Departamento Americano de Justiça, o halving do Bitcoin e a tão aguardada aprovação do primeiro ETF à vista de Bitcoin são alguns dos temas que darão o norte para o mercado. De negativo mesmo, é que o sucesso sempre atrai os mal intencionados. Com isso, 2024 deve ver um aumento dos hacks.

“Em 2024, veremos uma combinação de elementos positivos que raramente acontece nos mercados. No caso do Bitcoin, teremos a soma de aumento na demanda, com os ETFs à vista e com queda na oferta por causa do halving. É difícil ir contra a lei de oferta e demanda. O mesmo fenômeno deve se repetir com o Ethereum, já que é uma questão de tempo para o mercado criar um ETF à vista de ETH e que a criptomoeda continuará se tornando mais escassa por causa do Merge de setembro de 2022 e do aumento do uso da rede no ano que vem”, explica André Franco, head do Research do Mercado Bitcoin.

Então, vamos lá às 10 teses: 

1) Fluxo entre US$ 10 bi e US$ 20 bi para BTC com aprovação de ETF à vista

O mercado operou este ano na expectativa da aprovação do ETF à vista, que deve sair em janeiro de 2024 ou, no mais tardar, no mês de março. A entrada de players como a BlackRock, maior gestora de recursos do mundo com US$ 14 trilhões sob administração, pode elevar o fluxo para bitcoin em algo entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões nas primeiras 4 semanas após a aprovação, calcula a equipe de pesquisas do Mercado Bitcoin.

2) ETF à vista de ETH

A aprovação do ETF à vista de BTC deve estimular o mercado a criar instrumentos semelhantes para outros ativos digitais. O ETH é o candidato mais provável. Aliás, em novembro, a BlackRock anunciou o interesse em lançar um ETF à vista de ETH na Nasdaq. Pelos cálculos do MB, até julho de 2024 poderemos ter a aprovação desse instrumento. O aumento na demanda poderá levar a uma valorização do ETH de 32,3% em 2024, segundo a equipe de pesquisas do MB. Esse impacto positivo se estenderia até pelo menos 2026, com uma alta acumulada até lá de 82,7%, apenas devido a inauguração desse instrumento de investimento.

3) Halving do Bitcoin

Os analistas do Mercado Bitcoin avaliaram o comportamento de preços do BTC nos últimos dois ciclos de halving e identificaram que a criptomoeda quebrou seus recordes anteriores de preço num intervalo entre 6 e 7 meses depois do corte da recompensa do minerador. Com isso, o BTC pode superar os US$ 70 mil até outubro do ano que vem.

4) Escassez do ETH

No reino da oferta e demanda, o MB tem algumas notícias para o ETH. Para os analistas da plataforma, quando o Merge chegar aos seus 500 dias de vida, o que acontece no ano que vem, poderá se avaliar melhor a oferta da cripto. De certo mesmo, é que o Ethereum “continuará sendo o maior detentor de TVL (Total Value Locked) do mercado”. Para ter uma ideia, hoje 9,4% de toda a oferta de ETH está em aplicações de rede. 

5) Atividade nas Layers 2 de Ethereum

Um pouco mais sobre o TVL (Total Value Locked). Os rollups de Ethereum, que foram bastante ativos este ano, devem se estender ao longo de 2024 com mais força ainda. Os analistas do MB acreditam que o valor bloqueado em 2024 pode mais do que dobrar, passando de US$ 14,5 bilhões em novembro de 2023 para US$ 33,6 bilhões no ano que vem, levando em consideração uma cotação média de US$ 3.500 para o ether.

6) Depuração do mercado

Este ano, vimos os reguladores e a justiça, sobretudo nos Estados Unidos, endurecer o discurso e tomar medidas efetivas contra os ‘maus atores’ do mundo cripto. Em novembro, o fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, foi considerado culpado das sete acusações que pesavam contra ele e ainda pode ser sentenciado a 100 anos de prisão. Já a Binance e o seu fundador, Changpeng Zhao, o CZ, admitiram a culpa por crimes como facilitação de lavagem de dinheiro e aceitaram pagar uma multa de US$ 4,3 bilhões. Essa depuração tende a estimular a entrada de investidores institucionais em 2024, diz a equipe de pesquisas do Mercado Bitcoin.  

7) Regulação brasileira

O Marco Legal Cripto deve ser colocado totalmente de pé em 2024 pelo Banco Central, que mantém um diálogo estreito com as associações e empresas do setor. Com isso, o MB vê um aumento da segurança para as empresas atuarem no Brasil, país onde ativos digitais são um assunto bastante popular.

8) Ascensão do jogos web3

A indústria dos jogos possui forte potencial rentável, devido à consolidação demonstrada: os US$ 6 bilhões investidos a partir de 2020 possivelmente renderão os primeiros frutos em 2024. Como lembra a equipe de Research do MB, jogos cripto AAA levam entre 3 a 5 anos para serem desenvolvidos. Assim, em 2024, “teremos pela primeira vez um representante do setor atingindo o patamar de US$ 10 bilhões em receita”. 

9) RWA (Real World Assets)

A equipe de análise do MB estima que a capitalização de RWAs atinja US$ 6 bilhões até o fim de 2024, o que equivale a uma alta de 300%. Como lembram os analistas, a tokenização de ativos reais, fungíveis e ou não, é um mercado praticamente infinito, por permitir o fracionamento de bens que eram inacessíveis até então a investidores não qualificados. O MB avalia que esse mercado ganhe maior tração, “com destaque para 2027 e 2028”, à medida que a regulação ficar mais clara, atraindo assim investidores institucionais.

10) Aumento dos Hacks e Exploits

A esperada valorização dos criptoativos em 2024 também deve fazer atiçar ainda mais a cobiça de um gigante que não dorme nunca: os hackers. Os analistas do MB calculam que 2024 pode bater 2022, quando tivemos um recorde de US$ 3,8 bilhões em hacks envolvendo criptoativos. A cifra pode chegar a US$ 4 bilhões no ano que vem, com uma média de 22 ataques por mês. 

Serviço: as 10 teses do MB para 2024 estão disponíveis neste link. André Franco, head do MB Research, explicará as teses da sua equipe numa live pelo YouTube em janeiro de 2024.

Sobre o Mercado Bitcoin 

Com 3,8 milhões de clientes, há 10 anos, o MB conecta pessoas e empresas à blockchain e à economia tokenizada, operando com os mais altos padrões de transparência e integridade financeira. Primeiro unicórnio cripto do Brasil e auditado desde 2018, sendo que desde 2022 pela EY – uma das maiores empresas de auditoria do mundo – o MB é associado da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto) e adepto ao Código de Conduta e Autorregulação na Prevenção à Lavagem de Dinheiro desenvolvido pela associação e que garante que as empresas signatárias cumpram as melhores práticas de compliance.

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