A Audax Capital acaba de anunciar uma parceria com o Mercado Bitcoin para lançar TDIC`s (Tokens de Investimento em Direitos Creditórios) que serão distribuídos na plataforma MB. Os investidores poderão fazer aportes a partir de R$ 100,00 e escolher entre 3 opções TIDC`s com vencimento de 90, 180 ou 360 dias com rentabilidade atrelada ao CDI.
O grupo Audax por meio de FIDCs (fundos de investimento em direitos creditórios) e da sua securitizadora, concedeu mais R$ 4 bilhões em crédito, sendo R$ 700 milhões apenas em 2024, um salto de 162% referente a 2023. As operações são destinadas às pequenas e médias empresas, oferecendo soluções como antecipação de recebíveis, capital de giro, fomento à produção e crédito para agroindústria. Localizada no interior do Goiás, a empresa possui atuação nacional em mais de 20 estados e viu a demanda por crédito aumentar diante da maior restrição de crédito bancário no final de 2024 e início de 2025.
“Tivemos o ano mais expressivo da história da Audax desde a fundação da companhia em 2015. A demanda por crédito está aumentando, e, desde o início, sempre tivemos tecnologia em nosso DNA, buscando uma operação escalável. Neste sentido, a operação de tokenização junto ao MB, utilizando tecnologia de blockchain, possibilita o fracionamento do investimento. Hoje já temos fundos de investimento da Faria Lima que aportam em nossos FIDCs. Com o token Audax, estamos permitindo que investidores pessoas físicas acessem um investimento antes restrito aos investidores profissionais. Estamos diversificando nossa base de investidores e levando uma alternativa inovadora ao mercado. É um ganha-ganha”. Afirma Pedro da Matta, CEO e fundador da Audax.
O TIDC é um produto de investimento tokenizado que emula um FIDC. Por meio da emissão de certificados de recebíveis, a oferta segue a Resolução da CVM no 88, que regula operações de crowdfunding. “O token possui regras rígidas de crédito, incluindo: critérios de elegibilidade, subordinação, verificação de lastros, patrimônio separado e um agente administrativo (A Creditsec), entre outros instrumentos que reproduzem a governança de um fundo de investimento regulado porém com a vantagem de ser mais ágil, operar em volumes e custos menores, que consequentemente, resultam em taxas mais atrativas para investidores, além da democratização do investimento” comenta Renan Ramos, vice-presidente da área de novos negócios do MB.
Segundo a plataforma de dados Uqbar, em 2024 foram emitidos R$ 423 milhões em certificados de recebíveis via resolução 88, distribuídos em 140 emissões. O Mercado Bitcoin realizou a maior oferta de 2024 somando R$ 10,4 milhões em uma única emissão. Este tipo de estrutura tem sido utilizado como lastro de operações de tokenização. O token representativo do título de investimento, é inserido na blockchain e disponibilizado em plataformas de investimento.
“O MB é a terceira maior tokenizadora do mundo em crédito privado, já ultrapassamos R$1 bilhão em emissões. Gostamos muito de operações pulverizadas com subordinação, pois entendemos que o risco de crédito não é binário e muitas vezes, possui relação de risco/retorno mais interessante que operações tradicionais de crédito corporativo. Já operamos com lastros pulverizados como recebíveis de cartão de crédito, duplicatas, crédito consignado público, crédito para pessoa física, entre outros, e estamos ativamente buscando novos emissores dado que é o foco para 2025, dado o cenário econômico do Brasil”, completa Ramos.