O Banco Central do Brasil anunciou nesta terça-feira que realizará leilões de dólar com acordo de recompra na quarta e quinta-feira, oferecendo um total de até US$ 4 bilhões. Serão vendidos no máximo US$ 2 bilhões por dia. De acordo com comunicados da instituição, os leilões têm o objetivo de renovar contratos que vencem em 2 de abril.
O BC venderá os dólares pela taxa Ptax do boletim das 10h00, sendo que a liquidação da venda ocorrerá em 2 de abril. A recompra da moeda pelo BC ocorrerá em 4 de agosto de 2025 (leilão A) e em 3 de setembro de 2025 (leilão B).
Na quinta-feira (21), o BC realizará outros dois leilões de linha (A e B) entre 10h30 e 10h35, novamente com oferta de US$ 1 bilhão em cada uma das operações.
Os países realizam a venda e recompra de dólares, principalmente por meio de seus bancos centrais, como uma estratégia de política monetária e cambial para estabilizar a economia. Um dos principais objetivos dessa prática é o controle da taxa de câmbio, evitando flutuações excessivas na moeda local.
Quando há uma forte desvalorização, o banco central pode vender dólares e comprar sua própria moeda para fortalecê-la. Por outro lado, se a moeda estiver se valorizando demais, a recompra de dólares pode ajudar a manter a competitividade das exportações.
Além disso, a gestão das reservas cambiais é outro fator essencial. Os países acumulam dólares para fortalecer suas reservas internacionais, garantindo um colchão financeiro contra crises e assegurando liquidez para pagar dívidas externas ou cobrir déficits comerciais. Outra motivação para essas operações é atender às necessidades do governo e do setor privado, garantindo que empresas e cidadãos tenham acesso a dólares para transações internacionais, como importações, pagamento de dívidas e investimentos externos.
Os detalhes dos leilões foram publicados pelo BC na noite desta terça-feira em dois comunicados.