A informalidade no mercado de trabalho é um desafio significativo para os jovens brasileiros. De acordo com um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mais da metade dos jovens em países de baixa renda estão em empregos informais.
O relatório da OIT destaca que a taxa de jovens que nem estudam nem trabalham no Brasil é uma das mais altas da América Latina. Em 2021, 26,9% dos brasileiros entre 15 e 29 anos se encontravam nessa situação, colocando o Brasil em uma posição desfavorável em comparação com países da América do Sul como Argentina e Chile. Essa situação evidencia as dificuldades enfrentadas por essa geração, que lida com um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e excludente.
A falta de qualificação adequada e de oportunidades no mercado formal contribui para a entrada precoce desses jovens na informalidade, onde os direitos trabalhistas frequentemente são negligenciados e as condições de trabalho são precárias. A informalidade não só dificulta o acesso a benefícios sociais, mas também impacta negativamente a qualidade de vida desses jovens, perpetuando ciclos de pobreza e exclusão social.
O Programa Garra, criado pela Bravo, é um programa voltado para a ampliação de oportunidades de trabalho e formação profissional para jovens de baixa renda, especialmente aqueles vindos de escolas públicas. O programa se alinha à agenda ESG, focando em oferecer capacitação e vagas de emprego para jovens entre 18 e 21 anos, que muitas vezes enfrentam dificuldades de acesso à educação formal e ao mercado de trabalho.
“Fomos muito felizes em desenvolver esse programa porque ninguém melhor para lidar com novas tecnologias do que essa geração de 18 a 21 anos, que já nasceu no meio destas novas ferramentas digitais. Eles dão um banho em muito de nós. Então, pessoas que têm garra, força de vontade e que querem transformar as suas vidas acabam nos ensinando muito também”, diz Marcos Gimenez, CEO da Bravo.
Em parceria com o Instituto PROA, o Programa Garra capacita esses jovens para atuarem em diversas áreas, como fiscal, contábil, financeira, tecnologia e recursos humanos. Após a formação, eles são inseridos no mercado de trabalho, sendo contratados em regime CLT, o que lhes garante estabilidade e permite que continuem seus estudos em nível superior.
A Bravo, ao invés de oferecer vagas de estágio, prioriza a contratação desses jovens em situação de vulnerabilidade social, proporcionando-lhes uma trilha de desenvolvimento que inclui treinamentos, avaliações e acompanhamento por profissionais experientes. Além disso, o programa oferece, por meio do Business Process Outsourcing (BPO) – uma terceirização avançada de serviços – oportunidades de atuação em multinacionais, permitindo que os jovens ganhem experiência em diferentes culturas corporativas.