A Buser, uma das maiores plataformas de intermediação de viagens rodoviárias do Brasil, acaba de captar R$ 30 milhões em uma rodada de media for equity. A negociação é resultado de uma parceria com a 4Equity, fundo que faz a intermediação entre startups e empresas de mídia, em troca de participação acionária nas empresas investidas. Esta é a maior rodada da história da 4Equity.
O aporte chega em um momento oportuno para a Buser. Com uma base de mais de 12 milhões de clientes e vários meses consecutivos de geração de caixa, a startup entrou em 2025 com metas agressivas, depois de bater 20% de crescimento do lucro operacional e alcançar receita recorde em 2024. A expectativa da Buser é transportar até 1,5 milhão de passageiros durante a alta temporada, entre dezembro de 2024 e o final de fevereiro deste ano.
“Investimos muito em diversas mídias nos últimos anos, sabemos trabalhar com esses recursos. Isso nos deu maturidade. Em termos de volume, a captação é mais moderada diante dos fundraisings que já tivemos, justamente porque aprendemos a definir os investimentos que geram o crescimento sustentável e responsável que perseguimos. O foco é crescer com disciplina financeira e essa aliança com a 4Equity chega para ajudar nisso”, afirma Luiz Benício, diretor de Receita da Buser.
A Buser completa oito anos de atividades em 2025 e já passou por outras rodadas de investimentos. Na última, a série C, em 2021, a captação passou de R$ 700 milhões, em uma operação liderada pelo fundo de impacto europeu Lightrock, com a participação do Softbank, Monashees, Valor Capital Group, Globo Ventures e Canary, todos investidores da Buser nas séries anteriores, além do Iporanga Ventures.
Olhando para a operação atual, Benício explica que os termos dessa captação apontam para um “up round” frente ao que foi estimado na última rodada, da série C, em 2021. Isso quer dizer que o valor financeiro da empresa, o “valuation”, aumentou desde o último aporte.
“A parceria com a Buser representa o maior investimento já realizado pela 4Equity, refletindo tanto a maturidade do modelo de media for equity no Brasil quanto nossa crença no potencial da empresa. Estamos comprometidos em acelerar o crescimento da Buser por meio de uma abordagem multicanal, entregando mídia de alto impacto em TV, mídia programática influencers, podcasts, OOH e outros formatos estratégicos”, afirma Renato Mendes, cofundador da 4Equity Media Ventures.
A rodada permitirá à Buser expandir sua presença principalmente em mercados mais consolidados, como o Sudeste, e fortalecer seu posicionamento de marca, relançado em 2024. Famosa por liderar a disrupção do mercado de viagens de ônibus no Brasil, a startup tem se colocado cada vez mais como plataforma de viagens inteligentes, que inova dentro da categoria, oferecendo atributos que vão além do preço – como conforto e facilidades digitais, incluindo suporte online 24 horas aos seus clientes.
“Essa captação será essencial para continuar o trabalho de construção de marca e expansão que temos intensificado do ano passado pra cá, mantendo a diversificação de canais”, afirma Benício. Com a negociação, diz o executivo, a empresa vai praticamente dobrar o budget de marketing para impulsionar o crescimento.
Parte do investimento também será destinada à ampliação das parcerias com empresas que investem em ônibus mais confortáveis e até mesmo de luxo, com poltronas leito-cama e premium, acompanhando uma tendência crescente no setor, principalmente em rotas que conectam grandes cidades, como São Paulo – Belo Horizonte, São Paulo – Rio e Rio de Janeiro – BH.
Desde sua entrada no setor, a Buser tem desempenhado um papel fundamental na redução de até 60% nos preços das passagens rodoviárias, especialmente em rotas como São Paulo-Rio de Janeiro e São Paulo-Belo Horizonte. Esse “Efeito Buser” revolucionou o mercado, acelerando a digitalização de concorrentes e estimulando práticas mais acessíveis e centradas no consumidor. “Com uma trajetória sólida, histórico de inovação e resultados consistentes, a Buser se consolida como uma das maiores oportunidades do setor de mobilidade no Brasil”, conclui Benício.