A colheita da safra 2023/24 de soja do Brasil atingiu 84% da área cultivada na última quinta-feira, um avanço de 6 pontos percentuais frente aos 78% da semana passada, disse a AgRural nesta segunda-feira. Segundo a consultoria, nesta reta final, o ritmo segue puxado pela colheita gaúcha e do Norte/Nordeste, especialmente da Bahia e do Piauí.
No Rio Grande do Sul, os produtores têm se esforçado ao máximo durante a semana, buscando adiantar seus trabalhos devido às chuvas intensas previstas para o estado. A AgRural relatou que, até o momento, as produtividades são “muito boas”. Esse movimento dos produtores em acelerar as atividades agrícolas é uma estratégia para garantir que a colheita e outros trabalhos no campo não sejam prejudicados pelo clima adverso.
A consultoria apontou uma “rodada de chuvas” na semana passada em pontos críticos do Paraná, sul de São Paulo e sul de Mato Grosso do Sul, onde a segunda safra de milho sofre dificuldades devido ao calor e à falta de precipitações regulares.
A soja é considerada a principal cultura da agricultura nacional desde a década de 70 e a ampliação da indústria de óleo aliada ao desenvolvimento de novas tecnologias impulsionou o cultivo, que nessa década passou de 1,3 milhões de hectares cultivadas para 8,8 milhões. A liderança da soja na agricultura brasileira se deve principalmente pelo retorno econômico e versatilidade do grão, que pode ser utilizado pela indústria, como fonte de proteína para a criação animal, produção de óleo vegetal ou até mesmo na produção de biocombustíveis.
Apenas em dezembro de 2023, as exportações de soja em grãos atingiram volume de 3,83 milhões de toneladas. Esta quantidade embarcada foi 97,8% superior ao exportado no mesmo período do ano passado. O setor é o maior responsável pelo crescimento das vendas externas do agronegócio.