O comércio mundial deve chegar a cerca de US$ 30,7 trilhões em 2023, o que indica a queda de -5% (ou US$ 1,5 tri) do que foi alcançado em 2022. A projeção foi feita pela Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD).
Houve uma queda nas exportações e importações ao longo deste ano, já que teve menor demanda nos países desenvolvidos. Além disso, tensões geopolíticas também afetaram criticamente a economia global, principalmente entre Estados Unidos e China, além de outros países no leste europeu, como Rússia e Ucrânia.
Também foi avaliado por especialistas as perturbações no Canal de Suez (em que passa 10% do comércio global) e do Panamá – provavelmente, produtos de consumo como smartphones não estarão nas prateleiras em tempo para as compras de Natal em todo o mundo. Ambas vias de transporte passam por problemas críticos para esse fim de ano.
O Canal de Suez passa por ataques dos rebeldes Houthis, do Iêmen, enquanto o Panamá, que funciona como uma passagem para navios de carga que transitam entre o Pacífico e o Atlântico, passa por uma seca histórica. A UNCTAD avalia com pessimismo as exportações em 2024.
Essa informação bate com as projeções de especialistas sobre o ano de 2024 para o Brasil – apesar de 2023 ter sido um ano “muito positivo” para o país, o próximo ano será afetado por incertezas globais, que devem afetar o Banco Mundial como um todo.