A Copasa (CSMG3) anunciou, nesta segunda-feira (22), a aprovação de seu plano de investimentos para o exercício de 2026, com um aporte previsto de R$ 3,1 bilhões.
A decisão, oficializada pelo Conselho de Administração, integra uma estratégia de longo prazo que também definiu as projeções plurianuais para o período entre 2027 e 2030. De acordo com o cronograma divulgado, os investimentos devem escalar nos próximos anos, atingindo R$ 3,9 bilhões em 2027 e alcançando o pico de R$ 4,8 bilhões em 2028, seguidos por R$ 4,7 bilhões e R$ 4,5 bilhões nos dois anos subsequentes.
O robusto plano de capital tem como foco principal a conformidade com as metas do Novo Marco do Saneamento, priorizando a universalização dos serviços de esgoto nas regiões atendidas pela estatal mineira.
Além da expansão da rede, os recursos serão direcionados para o reforço da segurança hídrica — com atenção especial à Região Metropolitana de Belo Horizonte —, programas de redução de perdas de água e o processo de retrofit (modernização) de estações de tratamento de esgoto já existentes.
Os valores aprovados referem-se a desembolsos diretos e não contabilizam eventuais capitalizações. Com essa sinalização, a Copasa reafirma seu compromisso com a eficiência operacional e a expansão da infraestrutura em Minas Gerais, buscando garantir o cumprimento das metas regulatórias de cobertura e qualidade até o final da década.
O mercado agora observa como a companhia equilibrará esse elevado patamar de investimento com sua política de distribuição de dividendos nos próximos trimestres.
Um fator decisivo é o processo de privatização conduzido pelo governo de Minas Gerais, com expectativa de conclusão até abril de 2026. Se a Copasa seguir o modelo da Sabesp, a nova gestão privada poderá optar por manter dividendos elevados para atrair investidores, compensando o esforço de investimento com ganhos de eficiência operacional (redução de custos e perdas).