A Dengo começou em 2017, com apenas 6 produtores de Cacau, localizados no sul da Bahia. A empresa tem em sua essência uma forte ligação com o Brasil e com a sustentabilidade, focando em uma agricultura regenerativa que fomenta a produção sustentável. A relação com pequenos produtores e produtores locais, na intenção de produzir o chocolate mais sustentável possível, alçou a empresa como uma das maiores referências no que diz respeito a ESG e combate a produção extrema de resíduos.
Hoje, a empresa possui mais de 30 lojas espalhadas pela América Latina e duas em Paris, levadas para Europa por Charles Znaty, um dos criadores da marca Pierre Hermé. O maior investidor da Dengo e fundador da Natura, Guilherme Leal, foi o responsável por essa expansão global e planeja continuar esse processo. A empresa de chocolates está investindo RS$ 100 milhões de reais para a construção de uma nova fábrica. Segundo estimativas, essa nova instalação expandirá a produção da Dengo em 500%.
Em entrevista a Bloomberg News, Tulio Landin, co-CEO da Dengo, reforçou que a empresa tem como meta duplicar a quantidade de lojas em Paris e expandir para o mercado dos EUA. Sem temer as regras ESG rigorosas do mercado externo, a certificação B corp credência à Dengo expandir o mercado e enxergar oportunidades nessa possível expansão. Com o o novo investimento, a empresa planeja aumentar exponencialmente o número de produtores registrados para 3.000, um crescimento de 1775%.
Segundo a Associação Brasileira de Indústrias de Chocolates, o país produziu 615.000 toneladas de chocolate, nos três primeiros meses de 2023, um crescimento de 10,6%, evidenciando a expansão do mercado. Hoje, o Brasil é o sexto maior produtor de cacau do mundo, com a maior parte da produção sendo oriunda do Nordeste.
Em relação a agenda ESG, a Dengo tem o objetivo de reduzir a geração de resíduos por tonelada de produtos até 2030, além de dobrar a renda de mais de 3.000 produtores de cacau no Brasil até 2030. Hoje, a empresa conta com 15 mulheres colaborando com a agricultura, daqui 6 anos, a meta é alcançar 500 mulheres.