O Deutsche Bank elevou significativamente sua projeção para o índice de ações americano S&P 500 (.SPX), estabelecendo uma meta ambiciosa de 8.000 pontos até o final de 2026.
Esta projeção posiciona a corretora europeia como a mais otimista entre as principais instituições globais, superando até mesmo a meta de 7.800 do Morgan Stanley. O índice encerrou o último pregão em 6.602,99 pontos, o que significa que a meta do Deutsche Bank implica uma valorização expressiva de 21% no período.
O principal motor para este otimismo é o impacto contínuo da Inteligência Artificial (IA) nos resultados corporativos. Segundo os analistas do Deutsche Bank, a rápida adoção e o investimento maciço em IA continuarão a dominar o sentimento do mercado. Eles preveem que o lucro por ação (LPA) do S&P 500 atinja US$ 320.
Em linha com a aposta na IA, o HSBC, do Reino Unido, também divulgou uma meta elevada em uma nota separada, projetando o S&P 500 em 7.500 pontos até o final de 2026.
O índice de referência já valorizou cerca de 12,3% neste ano, impulsionado pelo otimismo com IA, lucros corporativos robustos e expectativas de queda das taxas de juros. Contudo, o mercado tem enfrentado receios de uma possível bolha e avaliações elevadas nas empresas de tecnologia.
Os analistas do HSBC abordaram o tema da especulação, mas mantiveram a visão positiva. “Bolha ou não, a história mostra que as altas podem durar bastante tempo (de 3 a 5 anos no boom das empresas ponto-com e do mercado imobiliário), então prevemos mais crescimento e recomendamos uma ampliação do investimento em IA.”
As gigantes de tecnologia como Nvidia (NVDA.O), Microsoft (MSFT.O) e Alphabet (GOOGL.O) continuam sendo os principais vetores da recuperação, com os gastos em IA sustentando níveis recordes de despesas de capital. Estrategistas do Deutsche Bank também veem o posicionamento dos investidores discricionários nos EUA como uma fonte de potencial de valorização adicional para o mercado.
