Diversidade geracional é motor para inovação nas empresas

Apesar dos inúmeros benefícios da intergeracionalidade, a gestão de equipes formadas por profissionais acima de 50 anos e jovens da geração Z é um desafio

A coexistência de até cinco gerações no ambiente de trabalho revela que a diversidade geracional emerge como impulsionadora de inovação e crescimento nas empresas. A ampla gradação, que abrange desde profissionais com mais de 50 anos à jovem geração Z, tem se mostrado um campo fértil no compartilhamento de experiências para a busca de resultados comuns. Apesar dos benefícios mensurados por pesquisas atualizadas, a gestão intergeracional nas organizações é envolta em desafios.

Entre os levantamentos recentes, dois merecem destaque. Um deles, realizado pela plataforma de gestão de pessoas Feedz, demonstra que a diversidade geracional está entre as dez principais tendências de RH da atualidade.

Outra pesquisa, conduzida pela PwC, revela que empresas bem estruturadas em políticas de diversidade têm 21% mais chance de superar os concorrentes em termos de lucratividade. A pesquisa demonstra também que 85% dos profissionais ouvidos valorizam trabalhar em corporações que respeitam e integram várias gerações.

“Em termos de intergeracionalidade, o grande desafio, para as lideranças em especial, é gerenciar expectativas, desenvolver habilidades e maximizar o potencial que cada geração pode oferecer nos processos da organização”, afirma Fernanda Toledo, CEO da IntelliGente Consult.

Para a especialista, um ponto importante a ser considerado nos desafios é o desenvolvimento de uma comunicação efetiva entre todos os stakeholders. “Quando pensamos em pessoas mais jovens, pode-se tentar um processo de comunicação mais digital”, observa. “No caso de pessoas experientes, com mais de 50 anos, é preciso considerar a importância de conversas mais interpessoais, mais próximas”, acrescenta Fernanda.

Outro desafio agregado ao equilíbrio geracional no ambiente de trabalho diz respeito a gênero. Segundo o Women in the Workplace, relatório realizado pela consultoria McKinsey & Company e a comunidade global Lean In, quase 50% das profissionais com menos de 30 anos afirmam que a idade é fator de impacto negativo em suas carreiras. Apenas 35% dos homens têm a mesma percepção, de acordo com a pesquisa.

Em relação às perspectivas de carreira, o relatório MacKinsey-Lean In também demonstra disparidade. Para 42% das mulheres com menos de 30 anos, a idade dificulta o avanço profissional. Entre as que têm acima de 40 anos, 21% comungam desta percepção. Entre os homens mais jovens, somente 11% sentem a idade como empecilho, enquanto os mais velhos são 23%. 

Sair da versão mobile