Economistas cortam projeções para inflação e dólar no Boletim Focus

As expectativas de mercado para a inflação de 2025 apresentaram ligeira queda, de acordo com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central (BC).

Os economistas do mercado financeiro reduziram a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,80% para 4,72% – marcando a terceira queda consecutiva.

Apesar da tendência de recuo, é crucial notar que a projeção de 4,72% ainda se mantém acima do teto da meta de inflação para 2025, que é de 4,50% (meta de 3,0% com banda de tolerância de 1,5 ponto percentual). Para os anos seguintes, as projeções do IPCA permaneceram em 4,28% (2026) e 3,90% (2027), enquanto a aposta para 2028 caiu levemente de 3,70% para 3,68%.

Apesar do recuo na inflação esperada, as projeções para a taxa Selic mantiveram-se inalteradas, refletindo a cautela do mercado com o cenário fiscal e a persistência inflacionária. A expectativa para a taxa básica de juros para o final de 2025 permaneceu em 15% pela 16ª semana consecutiva. Para os anos de 2026, 2027 e 2028, as projeções também foram mantidas em 12,25%, 10,50% e 10%, respectivamente, indicando um ciclo de afrouxamento monetário lento e gradual.

Em relação ao câmbio, houve uma revisão para baixo nas projeções de médio prazo. Os economistas reduziram as expectativas para o dólar frente ao real em 2026, de R$ 5,53 para R$ 5,50, e em 2027, de R$ 5,56 para R$ 5,51. A projeção para o final de 2025, no entanto, permaneceu estável em R$ 5,45, assim como a de 2028, em R$ 5,56.

No que tange ao crescimento da atividade econômica, as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) se mantiveram consistentes para 2025 (2,16%) e 2026 (1,80%), e para 2028 (2,00%). A única alteração foi a leve correção para 2027, com o crescimento esperado ajustado de 1,90% para 1,83%.

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