Ecopetrol compra projeto de energia eólica da Enel por US$ 50 milhões

A petrolífera estatal colombiana Ecopetrol anunciou na segunda-feira a aquisição do projeto de energia eólica Windpeshi, localizado na província de La Guajira, no norte do país, da empresa italiana de energia Enel (ENEI.MI) por um valor de US$ 50 milhões.

O projeto eólico possui uma capacidade instalada de 205 megawatts (MW) e será integrado ao portfólio de energia para autoconsumo do Grupo Ecopetrol, conforme comunicado da empresa.

“Fechamos a transação por cerca de US$ 50 milhões. O desenvolvimento total custará aproximadamente US$ 350 milhões, o que faz parte do nosso portfólio de investimentos”, afirmou o presidente-executivo da Ecopetrol, Ricardo Roa, em coletiva de imprensa.

O projeto Windpeshi, que contará com 41 turbinas eólicas de 5 MW cada, tem a capacidade de gerar em média 1.006 gigawatts-hora (GWh) anualmente, o que representa cerca de 8% a 9% da demanda total de energia do Grupo Ecopetrol, adicionou Roa. A expectativa da empresa é retomar o desenvolvimento do projeto ainda este ano, com o início das operações previsto para 2028.

Esta aquisição se alinha com os esforços da Colômbia em expandir suas fontes de energia renovável, como solar, eólica e geotérmica, dentro da estratégia do presidente Gustavo Petro de transição para longe dos combustíveis fósseis. No entanto, o país tem enfrentado desafios no desenvolvimento de projetos de energia renovável, incluindo a oposição de comunidades indígenas e atrasos regulatórios.

A Ecopetrol S.A. é a maior empresa da Colômbia e uma das principais petrolíferas da América Latina, atua de forma integrada em toda a cadeia de óleo e gás, incluindo exploração, produção, transporte, refino, petroquímica e energia. Fundada originalmente em 1921 como Tropical Oil Company, a companhia foi estatizada em 1951 e, desde então, consolidou-se como protagonista do setor energético colombiano.

Com participação majoritária do governo colombiano, a Ecopetrol abriu parte de seu capital na Bolsa de Valores de Bogotá em 2006 e passou a negociar ADRs na Bolsa de Nova York em 2008, ampliando seu alcance internacional.

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