Empresa integra práticas de ESG para impulsionar sustentabilidade no setor de telecomunicações

Cerca de 76% das empresas no Brasil consideram práticas sustentáveis um critério decisivo para seus negócios, e a adoção de logística reversa tem crescido como resposta a essas demandas

Imagem: divulgação

O avanço da inteligência artificial (IA) está reconfigurando a logística no Brasil e no mundo, integrando automação, análise preditiva e eficiência operacional como diferenciais estratégicos. Dessa forma, o setor deixou de ser apenas operacional para se tornar uma área de vantagem competitiva. 

Carlos Tanaka, fundador da PostalGow, exemplifica essa transformação. “A previsão de demandas, a roteirização inteligente e a redução de custos são hoje elementos-chave nas empresas líderes. Esses elementos, juntos, colaboraram para atingirmos um crescimento expressivo de 60% em 2023, impulsionado pela implementação dessas tecnologias avançadas em nossas operações”, revela.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Logística (Abralog), o setor de logística no Brasil movimenta mais de R$ 700 bilhões ao ano, mas ainda enfrenta desafios relacionados à eficiência operacional e à sustentabilidade. Empresas que conseguem aplicar IA de forma eficaz podem reduzir até 30% os custos logísticos, segundo estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV).

A PostalGow possui capacidade instalada para processar até 300 mil solicitações mensais de retirada de equipamentos de telecomunicações, utilizando algoritmos de IA para roteirização dinâmica. Com isso, variáveis como trânsito, previsões de demanda e janelas de entrega são analisadas em tempo real. “Essa abordagem tem permitido uma redução de 20% nos tempos de entrega e também um corte significativo nos custos com combustível”, aponta Tanaka.

Nesse contexto, soluções que otimizam processos logísticos são essenciais para manter a competitividade das empresas. “Um modelo de operação end-to-end, que inclui armazenagem, transporte e logística reversa, só é possível graças à tecnologia de ponta. Por meio dessa gestão integrada, conseguimos recondicionar até 70 mil equipamentos mensalmente, reduzindo o desperdício e promovendo a economia circular”, acrescenta.

A sustentabilidade é outro eixo central das operações, alinhada às práticas de ESG uma vez que a logística reversa desempenha um papel fundamental ao recolher equipamentos antigos diretamente na casa dos consumidores, recondicionando-os para reaproveitamento. Essa prática reduz o descarte de resíduos eletrônicos e está em linha com as exigências ambientais.

Segundo o relatório “Sustentabilidade na Cadeia de Suprimentos”, publicado pela PwC, 76% das empresas no Brasil consideram práticas sustentáveis um critério decisivo para seus negócios, e a adoção de logística reversa tem crescido como resposta a essas demandas. “O mercado exige cada vez mais que as empresas demonstrem compromisso com a sustentabilidade, e nossa operação atende a isso de forma estruturada”, reforça Tanaka.

Expansão e desafios futuros

Com um armazém central que comporta até 25 mil pallets e uma operação integrada, a empresa planeja continuar expandindo sua atuação no Brasil. O uso de IA está na base dessa estratégia de crescimento. Um estudo da McKinsey prevê que, até 2030, a IA poderá adicionar US$ 1,3 trilhão ao PIB global por meio de ganhos de eficiência na cadeia de suprimentos.

A infraestrutura tecnológica é outro pilar que sustenta a expansão da PostalGow. Em 2023, a empresa destinou 15% de sua receita total ao desenvolvimento de novos sistemas de IA e automação interna. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o investimento em tecnologias voltadas à logística no Brasil cresceu 24% no último ano, uma tendência que se intensifica conforme as empresas reconhecem o impacto da digitalização. “Esse investimento contínuo em tecnologia é o que nos permite escalar as operações de forma sustentável e eficiente”, explica o representante da PostalGow.

Outro benefício direto do uso de IA nas operações é a melhoria na experiência do cliente final. Com os sistemas de análise preditiva, a empresa consegue monitorar proativamente falhas no processo de transporte e identificar gargalos antes que eles impactem a entrega.

Para incorporar inovações disruptivas, Tanaka adotou um modelo de inovação aberta, firmando parcerias estratégicas com startups do setor de tecnologia. Essa abordagem tem acelerado a integração de novas soluções, como o uso de sensores IoT (Internet das Coisas) para monitoramento de cargas em tempo real. “A colaboração nos traz uma agilidade que é fundamental para atender à dinâmica do setor de telecomunicações, onde a velocidade de resposta é essencial”, finaliza. 

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