Empresas listadas na bolsa reduziram diversidade na liderança, aponta B3

Relatório aponta redução na participação feminina e de pessoas negras na liderança de companhias listadas

A B3, bolsa de valores brasileira, publicou a edição de quarta do estudo “Mulheres em Ações”, que analisa a presença de mulheres e pessoas negras em cargos de liderança em 359 empresas de capital aberto.

O levantamento constatou que apesar da disseminação do termo ESG e maior reconhecimento sobre a importância dos avanços nos âmbitos ambientais, sociais e de governança, a realidade ainda está longe da ideal na liderança das grandes empresas brasileiras. 

Quando se trata de diversidade no mercado brasileiro, 56% das empresas não têm mulheres em suas diretorias estatutárias e 37% não contam com presença feminina nos conselhos de administração. Em relação a cor e raça, aumentou o número de companhias que não possuem pessoas negras (pretas ou pardas) nesses dois órgãos.

Numa análise recente, constatou-se que 29% das empresas possuem apenas uma mulher na diretoria estatutária, mantendo o mesmo índice de 2023. No que diz respeito aos conselhos de administração, 35% das empresas têm uma mulher entre seus conselheiros, uma redução em comparação com os 39% registrados no ano anterior.

Além disso, apenas 6% das empresas contam com três ou mais mulheres na diretoria estatutária, uma leve queda em relação aos 7% de 2023. Por outro lado, 8% das empresas têm três ou mais mulheres participantes como consultoras de administração, um aumento em relação ao percentual de 7% do ano passado.

Se a análise das informações de gênero indica uma piora no quadro geral das companhias, a situação é ainda mais crítica em relação à representatividade racial. Das 359 empresas avaliadas, 98,6% declararam não ter nenhum diretor estatutário preto e 87,7% não possuem diretores estatutários pardos. No levantamento de 2023, eram 337 companhias sem pessoas pretas na diretoria estatutária e 305 sem pessoas pardas.

Em relação aos conselhos de administração, 347 empresas não têm conselheiros pretos e 323 não contam com conselheiros pardos. No estudo do ano passado, esses números eram, respectivamente, 328 e 311 companhias.

Para obter a íntegra do estudo “Mulheres em Ações”, com os números completos e a metodologia utilizada para o levantamento, basta clicar aqui.

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