No geral, trabalhadores pretos (47%) e pardos (45%) se destacam como os mais engajados do Brasil, enquanto trabalhadores brancos apresentam um engajamento levemente inferior, com 44%.Quando analisada a interseccionalidade de gênero e etnia, a pesquisa revela que as mulheres pretas apresentam o maior índice de engajamento nas empresas, com 49%, seguidas por mulheres pardas (45%) e brancas (43%). Entre os homens, os índices são similares, com o engajamento de profissionais pretos, pardos e brancos em torno de 45%.
Modelos de trabalho flexíveis impulsionam engajamento de profissionais pretos e pardos O primeiro índice nacional de engajamento corporativo, o Engaja S/A, desenvolvido pela Flash em parceria com a FGV e o Talenses Group, revela que os modelos de trabalho flexíveis são os que mais engajam profissionais pretos e pardos no ambiente corporativo. De acordo com a pesquisa, o nível de engajamento atinge 63% entre profissionais pretos e 61% entre pardos em modelos de trabalho híbrido ou remoto, comprovando a importância da flexibilidade para esses grupos. Já para brancos no modelo híbrido de trabalho, o engajamento é de 51%.
Atributos e práticas que mais engajam: Folgas de aniversário é o que mais motivam pretos e pardos
Além do modelo de trabalho, a pesquisa identificou os principais motivadores para profissionais pretos e pardos. Para profissionais pretos, destacam-se práticas como folgas de aniversário, atividades de celebração de conquistas, team building, bolsas de estudo, subsídios educacionais e programas de mentoria reversa. Já para os trabalhadores pardos, são valorizados benefícios como folga de aniversário, short friday, benefícios de reprodução assistida, participação nos lucros e previdência privada.
A valorização da diversidade no ambiente de trabalho reflete-se em níveis mais altos de engajamento entre trabalhadores pretos e pardos, que historicamente enfrentam desafios para alcançar as mesmas oportunidades de desenvolvimento que seus colegas brancos. Esses profissionais demonstram maior conexão com ações voltadas a um ambiente de trabalho positivo e inclusivo, enquanto trabalhadores brancos e pardos tendem a se engajar mais em iniciativas ligadas à remuneração e benefícios.
Engajamento por hierarquia – Entre os executivos, as mulheres pardas se destacam, na hierarquia de média gerência, mulheres pretas ficam à frente. No nível de colaboradores homens pretos tomam a frente e para estagiários, homens pardos.
Ou seja, em todos os níveis da hierarquia, pretos e pardos estão à frente no engajamento
Mulheres pretas de média gerência são as lideranças mais engajados do Brasil
A pesquisa também revela diferenças significativas no engajamento de acordo com o nível hierárquico. Na média gerência, as mulheres pretas lideram o engajamento, com um índice expressivo de 87,5%. Entre os executivos, as mulheres pardas se destacam com 74,2% de engajamento, enquanto entre colaboradores, o homem preto apresenta o maior índice, com 41,8%. Já entre os estagiários, os homens pardos mostram maior engajamento, com 43,8%.
Gênero x raça x hierarquia x engajamento
SOBRE O ENGAJA/SA:
Sobre o estudo:
O Engaja S/A é um índice nacional de engajamento de funcionários desenvolvido pela Flash em parceria com a FGV-EAESP e o Grupo Talenses. Em sua segunda edição, o estudo contou com a participação de 2.736 trabalhadores brasileiros, representando uma amostra diversa alinhada com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Com perfis variados, os respondentes abrangem diferentes níveis hierárquicos e segmentos econômicos, refletindo tanto a média gerência e alta liderança quanto colaboradores sem cargo de gestão, permitindo uma análise abrangente e representativa do engajamento nas empresas brasileiras.
Entre os respondentes, 54% do gênero feminino e 46% masculino. 37% dos respondentes afirmaram possuir superior completo e 36% indicaram possuir uma renda familiar de R$3.900 a R$7.000.Já em nível hierárquico, 49% são colaboradores, 23% de média gerência e 16% executivos. Além disso, 31% trabalham em empresas com até 50 colaboradores; 28% entre 51 e 500; 11% entre 501 e 1.000; 21% trabalham em empresas com mais de 1.000 colaboradores; e 9% não souberam responder.