Analistas do mercado financeiro revisaram para baixo a expectativa de inflação para 2025 pela quinta semana consecutiva. A projeção, levantada junto a mais de 100 instituições financeiras na última pesquisa Focus do Banco Central (BC), divulgada nesta segunda-feira (19), passou de 5,51% para 5,50%.
Apesar da leve redução, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 permanece significativamente acima do teto da meta estabelecida, que é de 4,5%. Para os anos seguintes, as projeções de inflação se mantiveram estáveis: 4,50% para 2026, 4% para 2027 e 3,80% para 2028.
Desde o início de 2025, com a implementação do sistema de meta contínua, a meta central de inflação é de 3%, com um intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%. O Banco Central utiliza a taxa básica de juros (Selic) como principal instrumento para tentar manter a inflação dentro desse intervalo, considerando que seus efeitos na economia levam de seis a 18 meses. Atualmente, o BC direciona seu olhar para a expectativa de inflação para os 12 meses seguintes, até meados de 2026.
O sistema de metas prevê que, caso a inflação acumulada em doze meses ultrapasse o intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida. O próprio Banco Central admitiu recentemente a possibilidade de descumprimento da meta já em junho deste ano, caso a inflação permaneça acima do teto de 4,5%. Em situações de descumprimento, o BC deve enviar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, justificando os motivos.
No que diz respeito ao crescimento econômico, a pesquisa Focus aponta para uma ligeira elevação na projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2025, que passou de 2% para 2,02%. A expectativa para o PIB de 2026 permaneceu em 1,70%.
As projeções para a taxa Selic também não sofreram alterações nesta semana. A expectativa do mercado financeiro para o fechamento de 2025 é de 14,75% ao ano, mantendo-se em 12,50% para o final de 2026 e em 10,50% para o encerramento de 2027.
*Com informação do G1