A partir de um projeto realizado em parceria com a ONG Instituto Argonauta, a empresa Embalixo, líder nacional na fabricação de produtos para descarte de resíduos, criou a linha Embalixo Oceano, uma iniciativa inovadora que transforma plásticos retirados do mar em sacos de lixo sustentáveis, com rastreabilidade assegurada pelo programa chamado “Eu Voltei”.
O Instituto Argonauta é uma organização dedicada à conservação costeira e marinha. O objetivo é recolher 60 toneladas de resíduos plásticos dos oceanos a cada ano, em uma ação que alia inovação, preservação ambiental e inclusão social e que resulta na produção do Embalixo Oceano.
“Ao transformar plástico retirado do mar em um novo produto, fechamos um ciclo sustentável que une inclusão social, inovação e responsabilidade ambiental”, destaca Rafael Costa. “Essa iniciativa vai ao encontro dos debates que estarão no centro da COP 30, como economia circular, descarbonização e proteção dos oceanos. Queremos incentivar a indústria brasileira a assumir protagonismo na construção de soluções concretas para o planeta”.
A transformação de resíduos em novos produtos de consumo é uma forma prática e escalável de contribuir com a preservação ambiental, além de responder às demandas de consumidores, investidores e formuladores de políticas por maior responsabilidade socioambiental. Em um cenário de transformação impulsionado por práticas ESG e economia circular, a Embalixo, líder nacional em produção e venda de sacos para lixo, tem consolidado sua posição como referência em inovação sustentável no Brasil.
Com investimentos de R$40 milhões na construção de uma usina própria de reciclagem em Hortolândia (SP), a Embalixo deu um passo decisivo para aumentar o uso de materiais reciclados em sua produção. A planta tem capacidade para reciclar até mil toneladas de plástico por ano, e a meta é que, até 2027, 70% dos produtos da empresa sejam fabricados com matéria-prima reciclada.
“Queremos mostrar que a economia circular não é apenas viável, mas necessária para a construção de um futuro mais sustentável”, afirma Rafael Costa, CEO da Embalixo. “A transformação de resíduos em produtos de alto valor agregado é uma das frentes mais importantes para a indústria que busca se alinhar às práticas globais de sustentabilidade”, completa.
O fortalecimento de projetos como o Embalixo Oceano se insere em um mercado em plena expansão. Segundo dados da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) e do Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), o setor de reciclagem no Brasil já movimenta cerca de R$14 bilhões anuais. Estimativas da PwC Brasil indicam que, se devidamente estruturada e incentivada, a cadeia de reciclagem poderia alcançar até R$30 bilhões por ano. O segmento de reciclagem de plásticos, em particular, registra um crescimento médio de 7% ao ano, impulsionado tanto por regulamentações ambientais quanto pela maior pressão de investidores e consumidores por práticas sustentáveis.
O interesse dos brasileiros por produtos reciclados vem crescendo de forma consistente. Segundo a CNI, 62% dos consumidores preferem itens com materiais reciclados, enquanto dados da NielsenIQ mostram que 49% estariam dispostos a pagar mais por marcas com compromisso ambiental. Já o Observatório da Reciclagem, do CEMPRE, apontou um aumento de mais de 10% no volume de recicláveis incorporados à indústria entre 2022 e 2023, com destaque para o setor de plásticos — reforçando a valorização de soluções sustentáveis no mercado nacional.