A Reag Investimentos (REAG3) confirmou nesta terça-feira que está em negociações com a Galapagos Capital e outros potenciais interessados para a venda de seu controle acionário. A confirmação veio por meio de um comunicado ao mercado, assinado pelo presidente e diretor de relações com investidores, Dario Tanure, em resposta a questionamentos feitos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
No documento, a empresa informou que as discussões sobre a possível alienação de seu bloco de controle têm ocorrido nos últimos dias com diversos participantes do mercado financeiro, incluindo a Galapagos Capital.
No entanto, a Reag Investimentos ressaltou que, até o momento, não há qualquer decisão final sobre a operação. A companhia destacou que não há definição quanto à realização do negócio, à identidade de um possível comprador ou mesmo sobre o formato e as condições de uma eventual transação.
A Reag Investimentos é um grupo financeiro independente, focado na criação de soluções integradas em investimentos e crédito, adaptadas aos diferentes perfis de clientes. Sua estrutura abrange áreas como gestão, serviços fiduciários, crédito, distribuição e assessoria financeira. O grupo se posiciona como uma das maiores gestoras independentes do Brasil — em fevereiro de 2025, chegava a R$ 299 bilhões em ativos sob gestão, conforme ranking da Anbima.
Em janeiro de 2025, a Reag tornou-se a primeira gestora de wealth management listada na B3. Isso ocorreu por meio de um processo conhecido como IPO reverso: a Reag adquiriu o controle da GetNinjas e utilizou sua estrutura já listada para ingressar no mercado de ações sem necessidade de oferta pública tradicional.
No momento do IPO reverso, a gestora já contava com cerca de R$ 20 bilhões em ativos sob gestão em multimercados e R$ 220 bilhões em wealth management.
Fundada em 2019 por executivos de longa experiência no mercado financeiro, a Galapagos Capital rapidamente se consolidou como uma empresa global de investimentos full service, com mais de 11 escritórios no Brasil além de unidades em Miami e Genebra e uma base de mais de 50 mil clientes.
A empresa administra cerca de R$ 23 bilhões em ativos e oferece soluções sob medida para empresas e investidores institucionais, com assessoria em fusões, aquisições e estruturação de dívidas.