A Gol anunciou nesta segunda-feira (27) um novo plano financeiro de cinco anos, descrito pelo CEO da companhia, Celso Ferrer, como “um marco importante em seu processo de reestruturação”.
O plano visa alcançar, até 2026, os níveis de capacidade doméstica pré-Covid. A previsão é de expandir a malha, tanto nacional quanto internacionalmente, com crescimento da frota para 169 aeronaves até 2029.
É esperado que as margens Ebitda reduzam em 2024, caindo para aproximadamente 23%. Elas devem ser impulsionadas, em parte, pela implementação de um programa anual de melhoria de resultados de cerca de R$ 1 bilhão.
O plano se baseia em uma posição de liquidez robusta e em um balanço sólido. Através de um aumento de capital de US$ 1,5 bilhão, a companhia pagará seu financiamento existente de devedor em posse (DIP) ao mesmo tempo que adicionará liquidez incremental ao seu balanço.
Espera-se que os financiamentos adicionais da dívida garantida sejam refinanciados na saída do Chapter 11, o que deverá conduzir a uma melhoria substancial da liquidez de caixa numa base sustentável, afirmam.
A Gol espera que os níveis de liquidez atinjam cerca de 18% e 25% da receita de 12 meses (“UDM”) até o final de 2025 e 2029, e um índice de alavancagem líquida de 3,6x, 2,9x e 1,7x em 2025, 2026 e 2029, respectivamente.
A companhia aérea e seus assessores pretendem conduzir um processo competitivo em que avaliarão propostas de financiamento de saída e quaisquer operações alternativas viáveis e competitivas. O processo começará no início de junho e deve se estender até o terceiro ou o quarto trimestre de 2024.