A GOL (GOLL54) reportou resultados financeiros significativamente acima das estimativas de mercado, impulsionada principalmente por custos operacionais mais baixos que o previsto. Em reação, os ativos GOLL54 registravam forte alta de 15,05%, negociados a R$ 5,58, por volta das 10h10 desta quarta-feira (12).
Os principais indicadores da companhia aérea superaram largamente as projeções do JPMorgan e do consenso do mercado. O EBITDA alcançou R$ 1,63 bilhão, superando a estimativa do JPMorgan de R$ 1,32 bilhão e o consenso de R$ 1,35 bilhão. O lucro líquido totalizou R$ 248 milhões, revertendo a expectativa de prejuízo de R$ 203 milhões. O resultado positivo foi favorecido por menores despesas financeiras.
Diante do desempenho trimestral, a GOL revisou suas projeções anuais (guidance). EBITDA Ajustado tem estimativa elevada para entre R$ 5,6 bilhões e R$ 6,1 bilhões. Já a alavancagem (Dívida Líquida/EBITDA) foi reduzida entre 3,4 vezes e 3,6 vezes, bem abaixo das 4,7 vezes esperadas anteriormente.
Apesar do lucro surpreendente, a Receita Líquida atingiu R$ 5,54 bilhões, um número 5% abaixo da estimativa do JPMorgan, devido a quedas na receita de passageiros (5%) e no segmento de cargas (2%).
No entanto, o sucesso em termos de custo foi evidente: o CASK ex-combustível (custo por assento-quilômetro, excluindo combustível) atingiu R$ 0,261, ficando 5% melhor (mais baixo) do que o previsto pelo banco. O RASK (receita por assento-quilômetro) ficou em R$ 0,439, 2% abaixo do esperado. A capacidade da companhia cresceu 9% na base anual.
Ao longo do trimestre, a GOL adicionou um Boeing MAX e um Boeing 737-800BCF, encerrando o período com 143 aeronaves Boeing. Seu programa de fidelidade, Smiles, registrou um crescimento de 25% no número de clientes em 12 meses, somando quase 30 milhões de usuários.
Apesar dos resultados positivos, o JPMorgan reiterou sua recomendação equivalente à venda (underweight, exposição abaixo da média do mercado) para as ações da GOL. O banco ressalta que a liquidez do papel segue muito limitada e mantém a projeção de que a companhia aérea deve fechar o capital no primeiro trimestre de 2026.









