O Google anunciou um investimento de US$ 1 bilhão ao longo de três anos para fornecer ferramentas e treinamento em inteligência artificial (IA) para instituições de ensino superior e organizações sem fins lucrativos nos Estados Unidos.
Mais de 100 universidades já aderiram ao programa, incluindo grandes sistemas de ensino público como a Texas A&M e a Universidade da Carolina do Norte. As escolas participantes terão acesso a financiamento direto, créditos de computação em nuvem para treinamento de IA e acesso gratuito a ferramentas como o chatbot avançado Gemini.
O compromisso do Google, que busca expandir o programa para todas as faculdades credenciadas sem fins lucrativos nos EUA, também inclui planos de lançar iniciativas semelhantes em outros países, conforme declarado pelo vice-presidente sênior da empresa, James Manyika. Ele não especificou, contudo, o valor exato dos fundos diretos que serão destinados às instituições.
O anúncio do Google ocorre em um momento de intensa disputa entre gigantes da tecnologia para dominar o mercado de IA na educação. Concorrentes como OpenAI, Anthropic, Amazon e Microsoft já lançaram iniciativas similares.
A Microsoft, por exemplo, prometeu em julho um investimento de US$ 4 bilhões para fortalecer a IA na educação globalmente. Essa corrida busca fidelizar futuros profissionais, já que o uso das ferramentas ainda na universidade facilita a adoção em ambientes de trabalho.
Apesar do entusiasmo, o papel da IA na educação ainda gera debates. Pesquisas apontam preocupações sobre o uso da tecnologia para trapaças e a possível erosão do pensamento crítico. Enquanto algumas instituições consideram proibições, o Google afirma que não enfrentou resistência de administradores. Manyika ressaltou que a empresa espera aprender com as universidades sobre a melhor forma de usar essas ferramentas, o que poderá influenciar futuras decisões sobre produtos.