O Grupo Pão de Açúcar (GPA), sob o código PCAR3, informou ao mercado ter recebido novas indicações de nomes para compor seu Conselho de Administração e Conselho Fiscal. As eleições para a nova composição dos colegiados ocorrerão na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) convocada para esta segunda-feira, 6 de outubro.
As indicações refletem a crescente influência de acionistas minoritários, com destaque para a família Coelho Diniz, reconhecida pelo Cade como um dos novos acionistas de referência da companhia.
O empresário Ricardo Maciel de Gouveia Roldão, fundador da rede Roldão Atacadista e detentor de 1,85% do capital social, indicou a si próprio como candidato ao Conselho de Administração, condicionado à aprovação do voto múltiplo. Roldão é uma figura conhecida no setor, tendo atuado como presidente da Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço.
Apesar da pressão dos minoritários, o mapa sintético consolidado de votação à distância da AGE indicou uma maioria de votos contrários à adoção do voto múltiplo. A companhia ressalta que esse mapa não reflete a totalidade dos acionistas com direito a voto e a posição ainda pode ser alterada durante a assembleia.
A AGE também é marcada pela consolidação da Família Coelho Diniz como o principal acionista do GPA. O grupo, composto por André Luiz, Alex Sandro, Fábio, Henrique Mulford e Helton Coelho Diniz, elevou sua participação para 24,6% do capital no final de agosto, superando a empresa francesa Segisor, que detém pouco mais de 20%. A Segisor se tornou acionista após a reorganização societária de 2015 pela Casino, antiga controladora do GPA.
Com essa participação, a família Coelho Diniz pediu a convocação da assembleia para discutir a destituição da atual composição e a eleição de novos membros para o Conselho.
Em um movimento separado, André Luiz Coelho Diniz também indicou Rômulo Santos Siqueira como membro titular do Conselho Fiscal e Décio Chaves Rodrigues como suplente, cujas eleições ocorrerão na mesma AGE.