Inteligência Artificial se torna foco de investimentos em ações nos EUA e Brasil fica menos atrativo

Gestor comenta falta de animação de investidores com o país

A Inteligência Artificial (IA) tomou os olhares de investidores ao redor do planeta – principalmente nos Estados Unidos. Por conta dessa atenção, mercados emergentes são afetados pela falta de recursos dos acionistas, já que diante da nova revolução, perdem a atratividade por não terem tanto destaque no setor.

Esse é o caso do Brasil. O capital estrangeiro é um dos grandes fatores para a valorização do Ibovespa nos dois últimos meses do ano passado, o que despertou as economias locais a ascenderem novamente. De acordo com Leonardo Linhares, diretor da SPX Investimentos, a euforia “no fim do segundo semestre de 2023, com o fluxo vindo para o Brasil, foi revertida neste ano”.

Para complicar mais, apesar do cenário benigno, piorou um pouco na margem, porque hoje se discute um ciclo de queda de juros [nos Estados Unidos] muito menor do que se discutia três, seis meses atrás, com efeito na política monetária interna“, disse o gestor ao participar do evento do Bradesco BBI.

Esse comentário se dá por conta da taxa de juros no Brasil, que de acordo com Linhares, “desanima” investidores a destinarem recursos ao país. A expectativa para a queda na Selic era de 8%, de acordo com o especialista, mas mesmo com essa realidade, já não há mais interesse do investidor com esse percentual.

“Não vejo animação do investidor com juros a 9,5%. Já teve com a expectativa de 8%, mas ela já morreu“, afirma Linhares. A previsão mais otimista do executivo é de que haja uma melhora nos resultados micro das empresas, principalmente com as projeções de queda na taxa de juros dos Estados Unidos nos próximos meses, o que abre margem para novos reajustes no Brasil.

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