A JBS, uma das maiores processadoras de carne e produtoras de alimentos do mundo, comunicou na noite de terça-feira (6) um investimento de R$ 216 milhões em quatro unidades da Seara localizadas no estado de Santa Catarina.
Os recursos serão direcionados para projetos de modernização e expansão em diferentes etapas da produção da Seara no estado. Em Itapiranga, a unidade de processamento de suínos receberá um aporte de R$ 98 milhões, o que permitirá um aumento na capacidade de processamento de 600 suínos por dia.
Em Bom Retiro, será construída uma nova granja para a produção de matrizes, com um investimento de R$ 89 milhões. Já na unidade de Itaiópolis, a Seara investirá R$ 15 milhões na modernização da planta de aves, com o objetivo de otimizar o mix de produção. Por fim, a unidade de aves de Nova Veneza receberá R$ 14 milhões para aumentar a velocidade de processamento, ampliando sua capacidade em 38 mil aves por dia.
A JBS tem agendada para a próxima terça-feira, 13 de maio, a divulgação de seus resultados financeiros referentes ao primeiro trimestre de 2025 (1T25). Em relatório divulgado em 1º de maio, o Goldman Sachs analisou os números da Pilgrim’s Pride Corporation (PPC), reportados em 30 de abril, e identificou fundamentos sólidos para o mercado global de frango. Contudo, a ação da PPC recuou devido às elevadas expectativas do mercado para as margens do 1T25.
Diante desse cenário, o banco americano elevou sua estimativa de Ebitda para a JBS no 1T25 em 4%, para R$ 9,3 bilhões, o que representa 7% acima do consenso da Bloomberg. Para o ano fiscal de 2025, a projeção do Goldman Sachs para o Ebitda da JBS é de R$ 39,2 bilhões, 3% acima do consenso da Bloomberg, com um rendimento de fluxo de caixa livre estimado em 8%. O Goldman Sachs mantém sua recomendação de compra para a JBS, com preço-alvo de R$ 54,20, o que implica um potencial de alta de 23%. O banco destaca a diversificação do frigorífico como um importante diferencial competitivo, capaz de mitigar os impactos de flutuações nos ciclos de cada um de seus negócios.
Por outro lado, o Santander adotou uma postura mais cautelosa, revisando para baixo suas estimativas de Ebitda para a JBS, de R$ 8,7 bilhões para R$ 8,6 bilhões. Essa revisão ocorreu após os resultados da Pilgrim’s Pride ficarem aquém do esperado pelo banco espanhol. Os analistas do Santander consideram esse desempenho da PPC como um potencial risco de baixa para o consenso de Ebitda da JBS, que atualmente se situa em R$ 8,6 bilhões. Eles ressaltam que as estimativas de consenso para a JBS implicavam um Ebitda de US$ 565 milhões para a PPC.