JPMorgan vai investir até US$ 10 bilhões em companhias estratégicas para os EUA

JP Morgan Eleva Projeção para Crescimento do PIB Brasileiro em 2025 Impulsionado por Cenário Externo e Agro

JPMorgan/Divulgação

O JPMorgan Chase (JPM.N), maior banco dos Estados Unidos, anunciou nesta segunda-feira um plano estratégico de investimento de até US$ 10 bilhões em empresas americanas consideradas vitais para a segurança nacional e a resiliência econômica do país. A iniciativa faz parte de um compromisso mais amplo, de US$ 1,5 trilhão ao longo de 10 anos, destinado a facilitar, financiar e investir em setores cruciais para o crescimento da economia americana, incluindo defesa, energia e manufatura avançada. As ações do banco subiram 1,1% após o anúncio.

O investimento de US$ 10 bilhões será realizado por meio de aportes diretos em ações e capital de risco, focando na contratação de mais banqueiros e profissionais de investimento. O movimento do setor privado alinha-se diretamente com a agenda do governo do Presidente Donald Trump, que busca modernizar a infraestrutura e reduzir a dependência das cadeias de suprimentos estrangeiras, especialmente em áreas sensíveis como produtos farmacêuticos, semicondutores, energia limpa e terras raras.

Jamie Dimon, presidente e CEO do JPMorgan, foi categórico ao justificar a medida. “Ficou dolorosamente claro que os Estados Unidos se tornaram muito dependentes de fontes não confiáveis de minerais, produtos e manufaturas essenciais para nossa segurança nacional”, afirmou o executivo. O anúncio ocorre em um momento de escalada nas tensões comerciais, com o Presidente Trump reacendendo a guerra comercial na sexta-feira e prometendo aumentar drasticamente as tarifas em retaliação à China por restringir suas exportações de terras raras.

A nova “iniciativa de segurança e resiliência” do JPMorgan facilitará financiamento e investimento em quatro setores estratégicos principais: cadeia de suprimentos e manufatura; defesa e aeroespacial; independência energética; e tecnologias de fronteira, como inteligência artificial e computação quântica. O banco informou que já havia planejado facilitar e financiar cerca de US$ 1 trilhão na próxima década para clientes nestes setores, mas decidiu aumentar esse volume em 50%.

A aproximação do JPMorgan com a Casa Branca é notável. O banco auxiliou na estruturação de um acordo governamental com a MP Materials, empresa americana de mineração de terras raras, e está explorando mais oportunidades como essa junto ao governo Trump, conforme revelado em um podcast interno. O codiretor de fusões e aquisições do JPMorgan, Andrew Castaldo, citou “inúmeras viagens a Washington para explorar essas oportunidades com o governo”.

Além do capital, Dimon enfatizou a necessidade de reforma política para acelerar o progresso, apontando para desafios regulatórios e questões da força de trabalho. “A América precisa de mais velocidade e investimento”, disse ele. As quatro áreas de investimento identificadas pelo banco foram subdivididas em 27 subsetores, abrangendo desde construção naval e energia nuclear até nanomateriais e comunicações seguras, e incluirão tanto empresas de médio porte quanto grandes clientes corporativos. Para orientar a iniciativa, o JPMorgan criará um conselho consultivo externo composto por líderes dos setores público e privado.

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