Liderança feminina ganha rodovias no interior de SP

Profissionais rompem barreiras em um setor historicamente ‎masculino e impulsionam avanços na engenharia em todo o centro-oeste paulista

Imagem: divulgação/CART

A presença feminina na engenharia viária tem ganhado espaço nos últimos anos, refletindo a mudança no perfil de um setor dominado por homens. Na CART Concessionária de Rodovias, engenheiras e técnicas especializadas ocupam posições estratégicas e desempenham um papel fundamental na manutenção e modernização das rodovias sob concessão.

Entre elas, Juliana Carvalho, engenheira de obras, e Jéssica Slompo, técnica de segurança do trabalho, são exemplos de como a qualificação e determinação têm impulsionado mudanças no segmento. Juliana, que atua na supervisão de obras e recuperação de pavimentos, destaca os desafios e a evolução do setor: “A engenharia exige precisão e tomada de decisões assertivas. Nossa presença reforça que competência e técnica são os verdadeiros critérios para desempenhar um bom trabalho”. 

Monitorando desde a aplicação de novas tecnologias para recapeamento até o controle rigoroso da qualidade do pavimento, Juliana ressalta que o trabalho exige constante atualização e planejamento detalhado. “Cada obra é um novo desafio. Precisamos equilibrar inovação, eficiência e segurança para garantir que as rodovias atendam aos mais altos padrões de qualidade”, explica.

Sem barreiras

Já Jéssica Slompo tem uma trajetória marcada pelo pioneirismo: foi a primeira mulher a ocupar a posição de técnica de segurança do trabalho na CART. Em seu dia a dia, ela é responsável por garantir que os protocolos de segurança sejam seguidos à risca, minimizando riscos e assegurando um ambiente mais seguro para os trabalhadores. “A segurança no trabalho não tem gênero. É uma questão de responsabilidade e comprometimento. Nosso papel é garantir que todos voltem para casa em segurança”, afirma.

Segundo Jéssica, sua atuação vai além da fiscalização de normas. “Também trabalhamos na conscientização das equipes, promovendo treinamentos e orientações constantes. Criar uma cultura de segurança é um trabalho diário, que exige empatia e proximidade com os colaboradores”, destaca. 

Setor em transformação

Apesar dos avanços, a representatividade feminina na ‎engenharia ainda é limitada. Dados do Conselho Federal de ‎Engenharia e Agronomia (CONFEA) indicam que apenas 20% ‎dos profissionais de engenharia no Brasil são mulheres.‎ Além disso, uma pesquisa realizada pela NOZ Inteligência, sob ‎demanda da MSA Safety, revelou que 53% das mulheres que ‎atuam em Segurança no Trabalho já sofreram discriminação no ‎ambiente profissional.‎

Esses números ressaltam a importância de iniciativas que ‎promovam a inclusão e valorização das mulheres na engenharia ‎e em áreas correlatas. Na CART, os avanços são evidentes: 31% do quadro total de colaboradores da empresa é composto por mulheres. No setor de engenharia, há 31 mulheres atuando, representando 8% do total de profissionais da área. Já no setor de Segurança e Saúde Ocupacional (SSO), três mulheres ocupam posições, correspondendo a 33% da equipe.

Nos últimos anos, a empresa tem registrado um crescimento na contratação de mulheres nesses setores. Na engenharia, houve um aumento de 20% no número de profissionais do sexo feminino. Já no SSO, a participação feminina dobrou, registrando um crescimento de 100%.

“A CART valoriza a diversidade e acredita que a presença feminina na engenharia e na segurança do trabalho fortalece ainda mais a nossa atuação. O crescimento no número de mulheres nesses setores demonstra nosso compromisso em oferecer oportunidades iguais e um ambiente inclusivo. A competência e a dedicação dessas profissionais são fundamentais para garantir a qualidade e a segurança das rodovias que administramos. Seguiremos incentivando essa transformação no mercado, porque sabemos que talento não tem gênero”, afirma René Silva, diretor-presidente da CART.

A trajetória de profissionais como Juliana e ‎Jéssica serve de inspiração para que mais mulheres ingressem e ‎se destaquem no setor, contribuindo para um futuro mais ‎igualitário e inovador na infraestrutura viária. Na CART, a força ‎feminina está cada vez mais presente, provando que lugar de ‎mulher é onde ela quiser, inclusive na engenharia rodoviária.‎

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