Líderes da COP29 revelam metas de financiamento climático

Os países em desenvolvimento precisam de mais ajuda financeira dos países mais ricos

Com a COP29 se aproximando, o Azerbaijão divulgou seus planos, destacando suas expectativas para a cúpula climática das Nações Unidas. A principal questão em pauta será o estabelecimento de uma nova meta de financiamento anual, onde os países ricos deverão concordar em destinar fundos para ajudar as nações mais pobres a enfrentar as mudanças climáticas.

O financiamento climático é um dos grandes desafios da cúpula, já que muitas nações em desenvolvimento afirmam que a falta de apoio financeiro adequado é uma barreira para que possam atualizar suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa.

Sem recursos para investir em tecnologia verde e medidas de mitigação, esses países argumentam que será difícil acelerar uma transição para economias mais sustentáveis ​​e resilientes.

Com as negociações sobre a meta de financiamento ainda distantes de um consenso, a presidência da COP29 está buscando alternativas para manter o impulso em torno da ação climática. Nesta semana, foram delineadas mais de uma dúzia de iniciativas paralelas, que incluem a criação de novos fundos, promessas financeiras e declarações que podem ser impostas por governos nacionais, sem a necessidade de negociações complexas ou consenso partidário

Essas iniciativas visam aumentar as ambições climáticas, permitindo que os países avancem em ações específicas, mesmo que o acordo sobre um novo financiamento global continue pendente. A estratégia é evitar que o impasse em torno do financiamento comprometa o progresso em outras áreas cruciais, oferecendo caminhos alternativos para promover a cooperação internacional e o investimento em medidas de mitigação e adaptação climática.

Na COP28 realizada em Dubai no ano passado, mais de 120 países assumiram o compromisso de triplicar a capacidade de energia renovável até 2030. Seguindo esse exemplo, a presidência da COP29 está buscando ampliar as metas globais relacionadas ao armazenamento de energia, propondo um aumento de seis vezes na capacidade em comparação aos níveis de 2022, com o objetivo de atingir 1.500 gigawatts até 2030.

Além disso, a presidência também espera obter compromissos relacionados à infraestrutura energética, incluindo investimentos significativos em redes de energia. A meta é adicionar ou reformar mais de 80 milhões de quilômetros de redes até 2040, um esforço crucial para garantir que a expansão da energia renovável seja sustentável e capaz de atender à crescente demanda global por eletricidade limpa. Esses compromissos visam não apenas acelerar a transição energética, mas também fortalecer as infraestruturas necessárias para viabilizar essa mudança.

*Com informações da Reuters

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