Na terça-feira (13), a Lyft, empresa rival da Uber, revisou para baixo suas expectativas de margem de lucro. A princípio, a empresa afirmou que a expectativa era de um crescimento de 500 pontos-base (5%) para 2024. Porém, o número real era de apenas 50 pontos-base (0,5%). Erin Brewer, CFO da Lyft, corrigiu a informação posteriormente, mas, antes da retificação, as ações já disparavam para mais de 60% após o fechamento oficial da bolsa.
O CEO da Lyft, David Risher, também foi a público e assumiu toda a culpa pelo erro durante uma entrevista à Bloomberg Television na quarta-feira. Ainda no dia 13, cerca de 48 milhões de ações foram negociadas no pós-mercado, mais que o triplo do volume diário médio em uma sessão comum. Na quarta-feira, as ações continuaram a subir, atingindo 32,4%.
A Lyft reportou uma receita de US$ 1,22 bilhão para o trimestre, um aumento de 4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O prejuízo da empresa diminuiu 95,5% em 2023, passando para US$ 26,3 milhões. No quarto trimestre de 2023, em relação ao ano anterior, as vendas brutas saltaram 17% e superaram as estimativas de US$ 3,67 bilhões.
Segundo especialistas ouvidos pela Reuters, tudo aponta para uma empresa que está saindo da crise depois de alguns anos difíceis. Mas não está claro se a Lyft poderá enfrentar responsabilidade legal pelo incidente em seu balanço. Não é a primeira vez que uma empresa comete um erro desse tipo nos EUA. Em 1999, por exemplo, a Biomatrix, de biotecnologia, inverteu um número ao informar que havia entregue 23 mil medicamentos injetáveis para dor no joelho, em vez de 32 mil, que era o dado verdadeiro.