Mad Skills deixam as equipes mais inclusivas e diversas

As chamadas habilidades "foras de série", que levam em conta hobbies e outras atividades além do trabalho, já são consideradas essenciais para 66% dos recrutadores

Um novo tipo de habilidade dos candidatos a vagas de emprego está começando a chamar mais atenção dos recrutadores. As “mad skills” são itens geralmente ignorados nos processos seletivos, como os hobbies e outras atividades feitas fora do ambiente de trabalho. Contudo, elas podem agregar para a tarefa desempenhada no ambiente profissional. Estudo recente da Robert Half mostrou que 66% dos agenciadores ao redor do mundo as consideram relevantes na hora de escolher por um colaborador.

Essa tendência já é forte na Europa e nos Estados Unidos, e começa a ganhar espaço no mercado de trabalho brasileiro. Por isso, é importante que os profissionais destaquem suas Mad Skills em seus currículos e durante as entrevistas de emprego. Para ter ainda mais impacto, é importante falar sobre exemplos específicos que demonstrem suas habilidades.

De acordo com Karine Silveira, CPO da Impulso, People Tech que oferece serviços especializados em todo o fluxo de atração, contratação, desenvolvimento e retenção de times de tecnologia remotos, as mad skills podem ajudar a montar equipes mais inclusivas e diversas, já que vai além das habilidades padrões e considera fatores mais pessoais. “Estruturar quadros de colaboradores diversos e inclusivos precisa ir além de trazer grupos minorizados, mas sim agregar pessoas de pensamentos e características diferentes. Se todos em uma equipe pensam e agem do mesmo jeito, não temos um time. Em um grupo de trabalho, quanto mais pessoas diferentes, maior a chance de enfrentarmos bons conflitos, aumentarmos a criatividade e construirmos soluções melhores”.

Para ela, as mad skills podem ajudar a desenvolver novas habilidades e a melhorar aquelas já existentes, já que o compartilhamento de experiências, conhecimento de novas pessoas e a criação de conexões colabora para isso. “Trocar experiências sobre hobbies, esportes e atividades completamente diferentes pode dar espaço para conversas inovadoras, o que é sempre muito interessante para abrir os olhares sobre o mundo e sobre a diversidade de pessoas”, explica.

Como exemplo de aplicação das mad skills no ambiente de trabalho, a executiva menciona a prática esportiva e atividades artísticas. “Uma pessoa que joga algum esporte coletivo provavelmente terá mais facilidade de interagir em grupos do que quem prefere atividades mais individuais. Posso citar também a melhoria na criatividade com a adoção da arte, como a pintura, que é o meu hobby, além de música e desenho, por exemplo. Não só porque essas práticas desenvolvem a criatividade, mas também contribuem para momentos de desopressão, o que leva a uma mente mais leve e tranquila e, consequentemente, um ambiente propício para novas ideias”.

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