Medo de falar em público se compara com o medo da morte

Saiba como superar de vez o medo de se comunicar

Em um mundo onde a habilidade de se expressar publicamente é uma necessidade e diferencial competitivo, a fonoaudióloga especialista em voz e comunicação, além de CEO da Yutter, Mirna Abou Rafée, se destaca como uma profissional essencial para aqueles que enfrentam o desafio temido de falar em público. Com uma carreira dedicada ao aprimoramento da comunicação, Mirna oferece abordagens individualizadas  para lidar com o medo da fala em público. 

O medo de falar em público já fez parte da vida de notáveis personalidades, como o ator Harrison Ford, as atrizes Julia Roberts, Renée Zellweger, Nicole Kidman e até mesmo o ator icônico de ‘Mr. Bean’. Samuel Jackson, por exemplo, superou a gagueira em público quando era criança, com a recomendação de aulas de atuação de seu fonoaudiólogo, resultando em uma carreira de mais de 120 filmes. 

Desmistificando a Glossofobia

Já se deparou com a estatística surpreendente de que, segundo uma pesquisa americana, 75% das pessoas têm mais receio de falar em público do que da própria morte? Embora esses números possam não ser conclusivos em sua totalidade, é amplamente reconhecido que enfrentar uma plateia, seja em uma conferência para centenas de pessoas, em uma reunião departamental para colegas ou ao compartilhar uma apresentação com o chefe, é uma experiência que desperta horror na maioria das pessoas. Evitar ativamente essa situação torna-se uma resposta comum. 

Segundo artigos publicados na revista Psychology Today, a ansiedade relacionada à fala em público encontra suas raízes na insegurança, na tensão nervosa e no medo de sair da zona de conforto. Mirna enfatiza que, para muitos, a falta de confiança e de técnicas adequadas enquanto oradores públicos é um obstáculo significativo, levando à autossabotagem. 

A contraposição entre oradores revela-se de forma intrigante: há aqueles que experimentam nervosismo genuíno e os que optam por dissimular tal ansiedade. Mas por que esse fenômeno é tão aterrorizante? O que nos leva a preferir a ideia de enfrentar a morte a abrir a boca diante de uma plateia?

A antecipação de nervosismo, ansiedade e até mesmo medo é algo que evitamos a todo custo. Esse medo, com seu correlato nervosismo, muitas vezes está enraizado na falta de confiança em nossas habilidades como oradores públicos. Convencemo-nos de que não dominamos o assunto, de que não conseguiremos manter o público envolvido, de que não somos suficientemente cativantes. Embora, na maioria das vezes, essas autopercepções se mostrem infundadas, nossa mente, nos momentos de pânico, tende a abraçar essas crenças negativas.

Além disso, surge o receio do público, a percepção de que a audiência se assemelha a uma matilha de lobos ávidos por nos desestabilizar. Mesmo após semanas de preparação, a preocupação persiste: o público poderia expor nossa suposta falta de domínio sobre o tema, confrontar-nos com perguntas desafiadoras e, em última análise, buscar provar que estamos equivocados. Esse temor pode ser particularmente desgastante quando assumimos novas responsabilidades ou nos apresentamos a um grupo que imaginamos ser mais experiente do que nós.

A boa notícia é que, na realidade, esses sentimentos são completamente naturais e, sem dúvida, compartilhados por muitos.

Em muitas ocasiões, a realidade da situação raramente é tão desfavorável quanto a imaginação nos faz crer, e diversas estratégias estão disponíveis para auxiliá-lo a lidar eficazmente com a situação.

Como vencer o medo de se comunicar?

Quando se encontrar prestes a discursar ou apresentar e o medo e a ansiedade surgirem, é crucial lembrar que essa reação é completamente normal, uma manifestação do corpo que busca zelar por seu bem-estar. Remontando a eras em que o perigo constante de predadores era uma realidade, nossos corpos desenvolveram a resposta inata de “lutar ou fugir” para nos ajudar a escapar do perigo. Embora não estejamos enfrentando perigos mortais ao nos depararmos com desafios de fala em público, nossa percepção pode nos fazer sentir ameaçados, gerando uma sensação de estar “no limite” e nos preparando para a luta ou fuga. Reconhecer essa resposta, compreender que os sentimentos são passageiros e assegurar-se de que não estamos verdadeiramente em perigo pode contribuir para controlar os sentimentos de nervosismo.

É altamente improvável que a audiência esteja desejando prejudicá-lo. Ao comparecerem para ouvi-lo, estão ansiosos pelo valor que você proporcionará. Ao elaborar seu discurso, considere a plateia como se fosse um grupo de amigos, certificando-se de que está adicionando valor e que eles estão obtendo algo significativo com sua mensagem.

“A habilidade de se comunicar é uma peça fundamental na vida social e profissional. Buscar entender quais as oportunidades de melhoria e quais os pontos fortes da sua comunicação, vai minimizar o receio na hora de se expor. Claro que contar com um especialista faz toda diferença para que seu desenvolvimento seja assertivo e direcionado.” . Afirma Mirna Abou Rafée.

Expressar-se de maneira clara fortalece conexões e amplia o potencial, facilitando o alcance de objetivos. Com uma comunicação eficaz em diferentes contextos, podemos beneficiar diversas áreas, explicando ideias complexas, estabelecendo estratégias, defendendo pontos de vista e conduzindo conversas informais de forma mais eficiente.

A leitura atua como uma tática valiosa para aumentar o repertório e deixar a sua comunicação mais rica.  Livros relacionados a negócios, gestão , ou áreas de interesse pessoal ampliam o vocabulário, aprimoram a capacidade de argumentação e fornecem uma estrutura clara para organizar ideias. Esses elementos são cruciais para uma comunicação eficaz.

O treinamento contínuo é um princípio respaldado pela teoria de Steve Jobs, que afirmava serem necessárias dez mil horas de prática para dominar uma habilidade. Essa máxima aplica-se também à arte da comunicação. A jornada para a excelência nesse campo demanda esforço persistente e dedicado, uma verdade que Steve Jobs mesmo comprovou em suas apresentações iniciais, evoluindo com o tempo para se tornar um dos líderes de negócios mais carismáticos do mundo.

Concentre-se na sua respiração

Aprimore sua concentração adotando técnicas de respiração, uma vez que o cérebro consome aproximadamente 20% do oxigênio circulante no corpo. Essa demanda é crucial para realizar desde funções automáticas, como regular o batimento cardíaco, até atividades mais complexas, como os processos de atenção e comunicação. Além de otimizar a cognição, a melhoria na oxigenação corporal contribui significativamente para o controle da ansiedade, do estresse e do humor. Surpreendentemente, dedicar apenas um minuto do seu dia à atenção à respiração pode resultar em uma notável melhoria na concentração, eliminando distrações e promovendo um estado de maior foco. Experimente, também, técnicas mais elaboradas de respiração para potencializar esses benefícios.

“O processo contínuo de aprimoramento da comunicação e o desenvolvimento de habilidades para superar o medo de se expressar em público é fundamental para o sucesso  pessoal e profissional. Ao reconhecer que a comunicação é uma ferramenta essencial na vida social e no ambiente de trabalho, podemos adotar estratégias práticas para enfrentar os desafios da exposição transformando o medo em uma oportunidade de crescimento. Nesse percurso, a autenticidade e a confiança são aliadas poderosas, permitindo não apenas superar o receio, mas também nos tornarmos comunicadores capazes e confiantes”. Conclui Mirna Abou Rafée.

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