Mercado projeta Selic superior a 14% em 2025

As projeções para a inflação em 2024 e 2025 também foram elevadas mais uma vez

O mercado financeiro projeta que a Selic termine 2025 em até 15%, com base na recente decisão do Banco Central (BC) de aumentar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual (pp). Além disso, o BC indicou a possibilidade de promover mais duas altas da mesma magnitude ao longo do próximo período, o que contribui para essa estimativa de Selic mais alta ao final de 2025.

As projeções para a inflação em 2024 e 2025 foram ajustadas para cima, passando para 4,89% e 4,60%, respectivamente. Ambas as estimativas ultrapassaram o teto da meta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de cada ano, que é de 4,50%. A expectativa para 2026 segue em 4%, enquanto para 2027 a projeção foi revisada para 3,66%, conforme o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (16).

Em relação ao dólar, os economistas projetam que a moeda americana ficará na faixa de R$ 5,99 neste ano, com uma tendência de queda nos anos seguintes, alcançando R$ 5,85 em 2025, R$ 5,80 em 2026 e R$ 5,70 em 2027.

Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), a previsão de crescimento foi ajustada para 3,42% em 2024 e 2,01% em 2025. Para 2026 e 2027, o crescimento econômico do Brasil deve se estabilizar em 2%, conforme estimativas do Boletim Focus.

Depois de receber alta do Hospital Sírio-Libanês neste domingo (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a taxa básica de juros no Brasil e defendeu a necessidade de ações para impulsionar a economia. Lula foi enfático ao afirmar que a taxa de juros é “a única coisa errada” na economia brasileira atualmente. Ele destacou o impacto negativo da Selic elevada no custo de crédito para empresas e consumidores, além de prejudicar o investimento e o crescimento econômico.

“Vou repetir: ninguém nesse país, do mercado, tem mais responsabilidade fiscal do que eu. Entreguei esse país numa situação muito privilegiada, e é isso que eu quero fazer outra vez. Não é o mercado que tem que ficar preocupado com os gastos do governo, é o governo. O que está errado é a taxa de juros estar acima de 12% — isso é o que não tem explicação”, afirmou o presidente.

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