A Microsoft fechou um acordo para oferecer descontos em seus serviços de nuvem para agências do governo dos Estados Unidos. A medida, anunciada pela Administração de Serviços Gerais (GSA) na terça-feira, faz parte de uma iniciativa do governo para firmar contratos com empresas de tecnologia para o poder executivo.
O acordo, segundo a GSA e a Microsoft, pode gerar uma economia de até US$ 3 bilhões para o governo americano no primeiro ano. Além disso, a Microsoft oferecerá acesso gratuito ao seu chatbot de IA generativa, o Microsoft Copilot, para os usuários federais já existentes.
Além do aspecto econômico, o contrato reforça as exigências de segurança cibernética. As soluções da Microsoft contemplam conformidade com mais de 400 controles do NIST 800-53 e estão autorizadas em nível FedRAMP High, padrão de segurança para órgãos federais. O Copilot já recebeu autorização provisória para uso no Departamento de Defesa (DoD).
De acordo com a empresa, as agências também terão acesso a preços mais baixos para outros produtos de nuvem, como o Microsoft Sentinel e o Azure Monitoring. As agências têm até setembro de 2026 para aderir ao acordo.
A GSA, responsável por negociar contratos com fornecedores, já havia fechado acordos semelhantes com concorrentes da Microsoft. Em agosto, Google e Amazon Web Services também concordaram em conceder descontos, com o objetivo de disponibilizar ferramentas de inteligência artificial comercial para todo o governo federal.
Paralelamente, a gigante da tecnologia enfrenta questionamentos sobre sua atuação em projetos ligados à defesa norte-americana. Um relatório do ProPublica revelou que engenheiros baseados na China haviam sido utilizados para dar suporte remoto a sistemas críticos do Pentágono, prática considerada de alto risco para a segurança nacional.
Diante da repercussão, o Secretário de Defesa Pete Hegseth determinou a suspensão imediata desse modelo de suporte e encomendou uma auditoria independente sobre o programa de monitoramento, conhecido como digital escort. Em resposta, a Microsoft afirmou que não emprega mais engenheiros na China em contratos relacionados ao DoD e revisou suas políticas de atendimento.