Os preços dos contratos futuros de minério de ferro subiram pela segunda sessão consecutiva nesta quarta-feira, impulsionados pela decisão do Goldman Sachs de elevar sua previsão de preço. O banco agora projeta um preço médio de US$ 95 por tonelada para o quarto trimestre deste ano, acima da estimativa anterior de US$ 90.
Na China, o contrato de janeiro de minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) fechou o dia em alta de 0,71%, cotado a 777 iuanes (US$ 108,63) por tonelada. Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência para outubro subiu 0,39%, chegando a US$ 102,85 por tonelada. Apesar da alta de curto prazo, o Goldman Sachs manteve sua previsão de preço final para 2026 em US$ 80 por tonelada.
Analistas da corretora First Futures alertaram, no entanto, que a demanda ainda não mostrou sinais de melhora, o que indica um possível risco de queda no curto prazo.
A demanda por minério de ferro foi limitada esta semana devido a restrições de produção em siderúrgicas de Tangshan, um importante centro produtor chinês. A medida foi imposta para melhorar a qualidade do ar durante um desfile militar em Pequim. A expectativa é que o consumo de minério de ferro se recupere após 4 de setembro, quando as restrições de produção devem ser removidas.
A recuperação nos preços do minério de ferro pode beneficiar as ações da Vale, especialmente se a demanda global continuar a se estabilizar. Apesar das projeções mais baixas para 2026, a Vale continua sendo uma das maiores exportadoras de minério de ferro, o que pode oferecer resiliência a seus resultados.
A valorização do minério de ferro tem um efeito positivo nas ações da Vale, impactando diretamente o Ibovespa. As ações da Vale (VALE3) estão sendo negociadas a R$55,46. O Banco Safra manteve a recomendação de “Compra” para as ações da Vale, com preço-alvo de R$63,00 para o final de 2026, implicando um retorno potencial de aproximadamente 25%.