Nestlé Brasil assina acordo de cooperação geral com Embrapa para acelerar agricultura regenerativa

No primeiro dia da COP30, a Nestlé Brasil assina um acordo de cooperação geral com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), referência nacional e internacional em ciência aplicada ao campo, para acelerar o desenvolvimento de pesquisas e soluções tecnológicas sustentáveis voltadas à produção agrícola e pecuária no Brasil. Os dois primeiros projetos contemplados têm como objetivo reduzir as emissões de gases de efeito estufa na produção de leite e de cacau — que, junto com a de café, formam as principais cadeias produtivas de ingredientes da Nestlé. 

“Este acordo reafirma nossa convicção de que a ciência, quando aliada à prática, tem um papel essencial na construção de sistemas alimentares mais saudáveis, resilientes e regenerativos. Ele também representa um passo importante da Nestlé rumo à neutralidade de carbono até 2050. E não poderíamos ter uma parceira melhor do que a Embrapa — que, nas últimas décadas, impulsionou a produtividade e a qualidade do campo brasileiro e, agora, lidera uma nova transformação: a transição da agropecuária convencional para modelos regenerativos”, afirma Marcelo Melchior, CEO da Nestlé Brasil.

O primeiro projeto dentro do acordo de cooperação vai testar o perfil de emissão de gases de efeito estufa de vacas em lactação submetidas a diferentes dietas. O segundo é voltado ao desenvolvimento de sistemas agroflorestais mais eficientes na produção de cacau. O Brasil, que já foi o maior produtor de cacau do mundo, reúne condições agronômicas e climáticas ideais para ampliar a produção de forma sustentável e se tornar autossuficiente novamente. A parceria com a Embrapa prevê investimentos em pesquisa genética, sistemas agroflorestais e outras práticas regenerativas, com foco em aumentar a produtividade e a resiliência da cadeia produtiva.

De acordo com a Embrapa, o plantio sombreado de cacau em sistemas agroflorestais é uma das características da produção na Amazônia, por isso a integração com a floresta é o modelo recomendado para a região na perspectiva da descarbonização da agricultura.

“As parcerias entre o setor público e o privado são fundamentais para que o conhecimento científico se transforme em soluções concretas e escaláveis no campo. A união entre a Embrapa e a Nestlé mostra que é possível conciliar produtividade, competitividade e sustentabilidade, criando valor para toda a sociedade e contribuindo para a agenda de descarbonização do país”, afirma Silvia Massruhá, presidente da Embrapa.

Com uma parceria de cerca de três décadas, a Nestlé e a Embrapa desenvolveram iniciativas de grande impacto, como o Programa de Boas Práticas em Fazendas de Leite, criado em 2006 e certificado em 100% das propriedades parceiras da companhia em 2017. O manual resultante dessa iniciativa tornou-se referência para duas instruções normativas que estabeleceram os padrões de higiene, manejo e qualidade nas fazendas de leite em todo o País.

Em 2021, a colaboração ganhou um novo capítulo, com foco na produção de leite de baixo carbono e na aplicação de ciência e tecnologia para acelerar a transição rumo à agricultura regenerativa. Trata-se de um movimento estratégico que reconhece a força do agronegócio brasileiro e sua relevância para os negócios globais da Nestlé. 

No café, a Nestlé atua em parceria com instituições como a Fundação Procafé, integrante do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa. Um dos resultados mais recentes foi o teste no Brasil da variedade genética Star 4, desenvolvida ao longo de uma década de pesquisa.

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