A Nissan está se preparando para cancelar as negociações de fusão com a Honda, após mais de um mês de discussão. A união de aproximadamente 60 bilhões de dólares, que criaria a terceira maior montadora de veículos do mundo, foi prejudicada pelas diferenças crescentes entre as duas empresas.
Esse movimento deixa em aberto a estratégia da Nissan para reestruturar seus negócios sozinha, em meio a um plano de recuperação que inclui uma missão de 9 mil funcionários e uma redução de 20% de sua capacidade global de produção.
As negociações entre Nissan e Honda para uma possível fusão foram dificultadas por divergências crescentes entre as montadas japonesas, de acordo com fontes anônimas.
A notícia fez com que as ações da Nissan caíssem mais de 4% na Bolsa de Tóquio, resultando em uma suspensão temporária das negociações dos papéis. Por outro lado, as ações da Honda fecharam com alta superior a 8%, refletindo o rompimento dos investidores com a possível resistência do acordo.
A Reuters informou anteriormente que a Nissan poderia encerrar as negociações depois que a Honda a sondou sobre a possibilidade de se tornar uma subsidiária. A Nissan se recusou porque isso seria um desvio do que foi originalmente concebido como uma fusão de iguais, disse uma fonte.
As duas montadas, Nissan e Honda, divulgaram comunicados em que afirmaram que a reportagem do Nikkei não se baseava em informações oficiais e explicativas que continuarão discutindo a possível parceria. Ambas as empresas afirmaram que deverão definir os rumores da fusão até meados de fevereiro e farão um anúncio formal sobre o assunto nesse período. Isso deixa em aberto a possibilidade de ainda haver um avanço nas negociações, apesar das dificuldades já relatadas.