Pesquisa diz que 10% dos estagiários têm problemas emocionais relacionados ao trabalho

Realizado pela Companhia de Estágios, levantamento revela que uma parcela de 35% desse percentual chegou a se afastar do estágio

Para uma parcela dos jovens que trabalham e estudam, manter a saúde mental é um grande desafio. Com início em 2018, a pesquisa Perfil dos estagiários e candidatos a estágio no Brasil 2024, conduzida pela Companhia de Estágios, líder em recrutamento e seleção de estagiários, trainees e jovens aprendizes, revelou que um a cada dez estagiários enfrenta problemas emocionais relacionados ao estágio atual ou anterior.

Entre os estudantes que relataram problemas de saúde mental,  35% precisaram se afastar do estágio, com o pedido de demissão sendo a forma mais frequente de afastamento (56%)

“O dado mostra que as empresas precisam dar mais atenção ao estagiário, mantendo escuta ativa e regular, buscando entender como estão as necessidades, o desenvolvimento do jovem e o que está causando conflitos internos. Isso ressalta a importância de estender os programas de saúde mental aos estagiários, garantindo a permanência de jovens em início de carreira”, diz Tiago Mavichian, CEO da Companhia de Estágios. 

Realizado entre os dias 21 de fevereiro e 28 de março de 2024, o levantamento ouviu 6.226 estudantes por meio de  questionário online com questões que abordaram diversos assuntos como desafios enfrentados durante o processo seletivo, situação econômica,  detalhes sobre a vaga conquistada e motivações profissionais. 

Conforme a pesquisa, entre os estagiários que apresentaram problemas de saúde mental, 80% não receberam nenhuma assistência do empregador,  o que evidencia a importância de políticas de apoio e prevenção de doenças emocionais nos programas de estágio.

Em consequência disso, 55 % dos estudantes que relataram afastamento por saúde mental responderam que foram muito prejudicados nas carreiras e 18% disseram que foram pelo menos um pouco prejudicados. 

Ao serem questionados sobre o sentimento a respeito do futuro profissional, observou-se uma discrepância no recorte por gênero. Entre o público feminino, 41% disse sentir ansiedade quanto às perspectivas de carreira, ao passo que apenas 29% do público masculino reportou a mesma coisa.  Apesar disso, 41% de todos os respondentes disseram ter esperança no futuro da carreira. 

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