O preço médio dos imóveis residenciais no Brasil subiu 0,50% em agosto, superando a prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA-15, que registrou deflação de 0,14% no mesmo período. Os dados são do Índice FipeZAP, divulgado na terça-feira (2).
O aumento de preço foi puxado, principalmente, pelas unidades com três dormitórios, que valorizaram em média 0,66%. As moradias menores, com dois quartos, tiveram uma elevação mais modesta, de 0,42%.
Do total de 56 cidades analisadas pelo indicador, 50 registraram aumento nos preços.Entre as capitais, Fortaleza (+1,31%) liderou a alta de preços, seguida por Maceió (+1,25%) e João Pessoa (+1,20%).
Com o resultado de agosto, o valor de venda dos imóveis residenciais acumulou alta de 4,45% em 2025, um avanço superior à inflação oficial acumulada, que está em cerca de 3,12%.
O preço médio do metro quadrado no Brasil atingiu R$ 9.423. Curiosamente, apartamentos de um dormitório foram os mais caros, custando em média R$ 11.358 por m². Já as unidades com dois quartos tiveram o menor valor, R$ 8.482 por m².
Entre as capitais, Vitória se destacou com o metro quadrado mais caro, chegando a R$ 14.117. A cidade também lidera o ranking de valorização anual, com alta de 15,20% em 2025, à frente de Salvador (+12,50%) e João Pessoa (+11,86%).
O Índice FipeZAP é o principal indicador do mercado imobiliário brasileiro. Ele é calculado mensalmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a plataforma Zap Imóveis. O índice monitora o preço médio de venda e de locação de imóveis residenciais e comerciais em dezenas de cidades do país.
Sua metodologia utiliza dados de anúncios de imóveis prontos na internet, o que o torna uma ferramenta ágil e relevante para entender as tendências de preços e a dinâmica entre oferta e demanda no setor.
As vendas de imóveis e o volume de lançamentos cresceram no primeiro semestre de 2025, o que demonstra a força do setor. No entanto, o cenário atual de juros mais altos pode impactar o crédito e o apetite por novas aquisições, tornando o segundo semestre mais cauteloso para o mercado. Novas tendências como o “flex living” e a crescente digitalização do setor são vistas como fatores de inovação que podem impulsionar o mercado no longo prazo, com um foco crescente em sustentabilidade e tecnologia.
