Geralmente, quando se fala sobre elas, o imaginário das pessoas liga automaticamente às imagens que se tem em aulas, sobre indústrias, com prédios grandes e cheios de trabalhadores, com chaminés funcionando a todo vapor. Porém, apesar das duas revoluções mais famosas, a história registra quatro delas, sendo três envolvendo as indústrias físicas e a última fugindo dessa regra, sendo tratada de forma online, a qual é chamada de Revolução Industrial 4.0.
Essa nova fase das empresas e indústrias, extremamente ligadas à internet e ao mundo digital, começou, efetivamente, em 2011, mas chegou ao Brasil dois anos depois, completando 10 anos ao final deste ano e com muitas pequenas revoluções, conforme as tecnologias foram mudando e os avanços tecnológicos moldando as conexões entre empresas e clientes.
Dentre as formas de lidar com as nuances que a tecnologia trouxe, tudo o que envolve a internet ganhou maior repercussão e importância. Portanto, tudo o que envolve a segurança digital, também.
Conforme os meios digitais (pela internet ou por dispositivos mais novos) foram se aprimorando, as tentativas de quebra de segurança e de formas de obter ganhos ilícitos por meio de chantagens ou roubos de dados de usuários também evoluíram rapidamente. Como os ataques visam se aproveitar das brechas existentes nos sistemas, eles tendem a passar por sofisticações primeiro, forçando as empresas e sistemas de defesa a se movimentarem sempre em busca de mais segurança e correções das falhas internas.
Segundo Luiz Madeira, CEO da GWCloud, “Nessa década de Indústria 4.0, é inegável que os avanços tecnológicos em si vivenciaram um crescimento exponencial. Exatamente por isso que a segurança digital precisou avançar tão rápido quanto e precisa estar em constante melhoria. Essa área não começou devido à nova fase da revolução industrial, mas se mostrou ainda mais importante justamente graças a ela”.
Antes desse avanço sem precedentes, já existiam formas de invadir um sistema e tentar obter dinheiro de forma ilícita, por meio do roubo de informações e de chantagem para que tais fossem recuperadas. Porém, as maneiras de se fazer isso e de obter outros tipos de informação foram aumentando e se tornando um motivo de dor de cabeça por parte das empresas e clientes.
Durante a década de Indústria 4.0, no Brasil, empresas de grande conhecimento do público já foram alvos de ataques, inclusive o governo federal, com a queda do sistema ConecteSUS, em 2021.
Nesses últimos anos, com o advento da Inteligência Artificial, novas formas de se atacar um sistema surgiram e passaram a comprometer, também, os dados dos clientes. Uma das formas mais comuns de ataque sobre isso é com as práticas de phishing e whale-phishing, onde os clientes podem ser enganados por meio de sites ou e-mails falsos. “Caso a pessoa não perceba, ela pode clicar nos links que recebeu ou fazer uma compra pelos sites. As possibilidades são de roubo dos dados, como documentos ou cartão de crédito, e roubo financeiro, somente”, aponta Madeira.
Portanto, com a nova fase da revolução industrial, os avanços tecnológicos foram de extrema importância, mas sofreram com novas formas de ataques cibernéticos. Com a mudança que a Indústria 4.0 causou nas relações entre empresa e cliente, seu papel já é visto como essencial, fazendo com que os níveis de segurança necessitem de melhoria constante.
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