A produção de petróleo nos Estados Unidos alcançou um novo recorde na semana passada, confirmando a trajetória ascendente da extração no país. De acordo com o relatório semanal divulgado nesta quarta-feira (5) pela Administração de Informações sobre Energia dos EUA (AIE), a produção atingiu a marca de 13,651 milhões de barris por dia (bpd) na semana encerrada em 31 de outubro.
O novo pico supera o recorde histórico estabelecido apenas uma semana antes, quando a produção havia chegado a 13,644 milhões de bpd na semana encerrada em 24 de outubro, e marca a segunda semana consecutiva em que o país atinge um nível inédito de produção.
Paralelamente ao aumento na extração, o relatório da AIE destacou um dado incomum relacionado aos produtos refinados. Os estoques de gasolina na região do Meio-Oeste dos EUA caíram para um recorde de baixa, atingindo 42,536 milhões de barris na semana encerrada em 31 de outubro.
Este volume ficou abaixo da mínima histórica anterior, de 42,550 milhões de barris, registrada em setembro de 2022, de acordo com dados da AIE que remontam a 1990.
O aumento da oferta americana cria um contrapeso significativo aos esforços de contenção de produção da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, liderada pela Arábia Saudita e Rússia). O excesso de oferta resultante pode gerar pressão para a queda dos preços internacionais, como alertam analistas da AIE.
O recorde de produção reforça a segurança energética dos EUA e reduz a dependência de petróleo importado, alterando as dinâmicas geopolíticas. O país se tornou um grande exportador de petróleo bruto e derivados. Com os EUA produzindo em níveis recordes, a Opep+ enfrenta dificuldades para controlar o mercado e manter os preços elevados. A Arábia Saudita, por exemplo, chegou a adiar planos de elevar sua capacidade de produção para se concentrar em outras estratégias.