Psicopatas e o mundo corporativo

Para quem, quando pensa num psicopata, se lembra do maníaco do parque e acredita que eles estão devidamente presos, uma dura notícia: a maioria está solta, levando uma vida social como se fosse uma pessoa “normal”.

 “Normal”?

Vamos por partes: o termo psicopatia vem do grego e significa literalmente doença da mente, entretanto estes indivíduos não apresentam nenhuma desorientação, não sofrem de delírios ou alucinações e tampouco apresentam sofrimento mental intenso.

Suas principais características são: sedutores, manipuladores ( lembre-se que o maníaco do parque nunca sequestrou suas vítimas, ele as convencia a irem voluntariamente), mentirosos contumazes, indiferente ao sentimento alheio, são amorais e éticos, só se relacionam em benefício próprio e principalmente não tem sentimento de culpa

Estas pessoas não são figuras novas. O filósofo grego Teofrasto (371 – 287 a.C) já os analisou e os chamou de pessoas inescrupulosas. 

E, qual o potencial de danos destas pessoas?

Segundo pesquisas americanas , 4% da população é composta por psicopatas de diferentes níveis, porém segundo uma pesquisa da British Colúmbia 16% das posições de CEOs e altos executivos nas corporações são ocupados por psicopatas. Se eles não sofrem, o mesmo não pode ser dito sobre as pessoas que orbitam em torno destas pessoas, seja no âmbito profissional ou pessoal.

Entre diferentes teses quanto a sua origem, podemos destacar a neurociência para qual relaciona ao tamanho menor da amígdala (parte responsável emoções) nos psicopatas, fazendo com que tenham menor sensibilidade emocional, porém em contrapartida eles têm maior capacidade cognitiva.

Atenção, cuidado quando presenciar um ato emotivo performado por um psicopata, pois elas são rasas e cuidadosamente articuladas para alcançar um propósito.

Estas pessoas, nos primeiros contatos esbanjam simpatia, inteligência e carisma, mas com o passar do tempo você começa perceber as contradições entre o discurso e a prática, adequação das narrativas aos seus interesses do momento.

Não tem menor pudor em se apropriar dos feitos alheios e terceirizar seus erros e responsabilidades, ultrapassando qualquer noção de freio moral em busca obsessiva dos seus objetivos.

 Quem já conviveu com alguém assim, já se sentiu culpado por não atender a expectativa do outro, frustrado pelo mérito nunca reconhecido e ser um eterno devedor.

E se esta pessoa for seu chefe?

Como disse anteriormente, 16% dos altos postos executivos são ocupados por psicopatas. Mas como isto aconteceu e o que devo fazer se eu for uma das vítimas?

(continuação em 15 dias)

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