Queda do petróleo reduz preços e alivia pressão sobre Petrobras, diz Abicom

O anúncio de um possível cessar-fogo na guerra entre Israel e Irã pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na segunda-feira (23), provocou uma queda no preço do petróleo e, consequentemente, diminuiu a defasagem dos preços dos combustíveis nas refinarias brasileiras em relação ao mercado internacional. Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a diferença, que chegou a atingir 19% na véspera, foi reduzida.

A retração nos preços internacionais do petróleo alivia a pressão por um possível reajuste nos preços pela Petrobras (PETR3;PETR4). A presidente da estatal, Magda Chambriard, já havia antecipado na semana anterior que os preços tenderiam a um patamar mais baixo com o fim do conflito, descartando a necessidade imediata de aumento nos combustíveis.

Em média, o preço do diesel nas refinarias da Petrobras apresentou uma diferença de 12% em relação ao preço praticado no Golfo do México, referência utilizada pelos importadores para calcular o Preço de Paridade de Importação (PPI).

Considerando a Refinaria de Mataripe, na Bahia, essa defasagem cai para 11%. A gasolina, que possui menor dependência de importação, registra um preço apenas 3% inferior ao do mercado internacional.

Apesar da redução na defasagem, a Abicom informa que ambos os combustíveis ainda mantêm a janela de importação fechada, indicando que não seria economicamente viável para os importadores trazerem esses produtos ao Brasil.

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